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Efeito Adriano e início ruim põem em dúvida Atlético-PR 2014

20 abr 2014 - 08h35
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<p>Adriano saiu do Atlético-PR e não deixará saudades</p>
Adriano saiu do Atlético-PR e não deixará saudades
Foto: Reuters

O ano para o Atlético-PR parecia promissor. Arena reformada para a Copa do Mundo, participação na Copa Libertadores e um nome de impacto mundial, o atacante Adriano, em seu elenco. Passadas as primeiras competições, o que se vê é um desvio no rumo e desconfiança sobre a possibilidade de repetir a ótima campanha de 2013.

O ânimo da torcida rubro-negra passou a virar preocupação já para a estreia neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Grêmio. O começo do ano tem sido de sofrimento. A equipe passou pela pré-Libertadores e acreditava ser capaz de passar às oitavas de final da Copa Libertadores na disputa pelo primeiro lugar com o Veléz Sarsfield-ARG.

Terceiro colocado na fase de grupos, perdendo a classificação na última partida contra o The Strongest-BOL, em La Paz, o Atlético-PR deu adeus precocemente e irritou o torcedor. Além disso, o Sub-23 – com alguns reforços do elenco principal em jogos pontuais –, sofreu uma virada inacreditável na semifinal do Campeonato Paranaense contra o Londrina e ficou de fora da final.

A escolha de um técnico desconhecido

Com a surpreendente saída do técnico Vagner Mancini, que tirou a equipe da zona de rebaixamento e levou ao 3º lugar da Série A, além do vice-campeonato na Copa do Brasil, a direção fez uma aposta arriscada para 2014.

Com um histórico de trazer treinadores estrangeiros, mas sempre com fracassos, o espanhol Miguel Ángel Portugal foi o terceiro comandante de fora do Brasil na era do presidente Mario Celso Petraglia. Vindo do Bolivar-BOL, a contratação chegou com desconfiança e atrasada para a temporada.

Contratado "em cima" da estreia do Atlético-PR, Miguel Ángel viveu problemas com a torcida e com o diretor de futebol Antônio Lopes, que questionou suas escalações e alterações nas duas partidas contra o Sporting Cristal, pela pré-Libertadores. Decidido nas penalidades, o time brasileiro por pouco não ficou fora da fase de grupos, o que era considerado como uma tragédia no planejamento caso ocorresse.

Passada a eliminação, a tendência era de que o técnico espanhol não seguisse no comando técnico. Porém, aconteceu o contrário. "A manutenção do Miguel é para o bem do clube. Não queremos fazer o pior, isso é falta de visão e fico extramente magoado pelo julgamento da torcida. É necessário que haja tempo para o desenvolvimento deste trabalho, supervisionado pelo Antônio Lopes. Confiamos no projeto", analisa Petraglia.

Adriano deixa Atlético-PR após show de Anitta em Curitiba:
Adriano: um erro

O acerto entre Atlético-PR e Adriano causou um impacto mundial. Com a ideia de recuperar um ídolo nacional, o clube ofereceu toda a estrutura para o atacante recuperar a forma. E conseguiu. Porém, os velhos problemas apareceram.

Acostumado com festas e baladas, o "Imperador" diminuiu o ritmo em Curitiba e andou "na linha" consideravelmente, mas nunca deixou de sair na noite curitibana. Depois da eliminação da Libertadores, o atleta faltou a dois dias de treinos consecutivos e o acordo entre as partes acabou rescindido, sem ônus ao clube.

Antes elogiado pelo presidente do clube paranaense, Adriano teve sua passagem decretada como um erro de quem tentou ajudá-lo. "Cometemos um erro ao tentar ajudá-lo. O tiro saiu pela culatra. As coisas dentro do clube se deterioraram mais ainda, com um ambiente ruim de indisciplina. Parece que aquilo lá virou uma zona. Criou um ciclo vicioso, negativo e forte. Outros jogadores entraram nessa situação de não respeitar o técnico, se achando donos do clube, essas coisas", lamenta o mandatário atleticano.

Problema até fora do campo

O palco de Curitiba para o Mundial passou por inúmeras polêmicas, como greves constantes de operários, de estádio pronto para o mais atrasado dentro das 12 sub-sedes e uma possibilidade clara de ser descartada da competição no início do ano.

O risco de ficar fora aconteceu, mas não foi concretizado. No meio de fevereiro, a Fifa confirmou a Arena para a Copa, mas as cobranças seguem diárias. Até o momento, apenas um evento-teste foi feito para 10 mil pessoas, ainda tendo algumas estruturas inacabadas. Pretendendo entregar o estádio no final de abril, o cronograma mudou novamente e será repassado apenas na segunda semana de maio – prazo máximo dado pela entidade máxima do futebol.

Perspectiva é de campanha igual a 2013

Apesar de ter um elenco enxuto e sem contratações, o Atlético-PR ainda afastou seu capitão Manoel, além de outros 12 atletas – incluindo elenco principal e Sub-23. A única contratação até aqui é do meia Bady, do São Bernardo, que teve 50% dos direitos econômicos comprados por cerca de R$ 1 milhão.

Mesmo com o cenário adverso, fora o clima de incerteza e desconfiança, o clube acredita que possa realizar uma campanha parecida ou até melhor de que no ano passado, que culminou na ida para a Libertadores e uma final de Copa do Brasil. Para isso, espera contar com um departamento específico.

O Departamento de Inteligência do Futebol (DIF) foi quem indicou o meio-campista da equipe paulista. Além disso, se tornou essencial dentro do atual planejamento, analisando o grupo atual e sendo decisivo nos afastamentos de mais de uma dezena de jogadores. Novos reforços, além das indicações, passam pelo grupo.

“Infelizmente, o mercado está difícil. Estamos em constantes contatos no mercado e vamos buscar atletas que queiram e tenham motivação de vestir a nossa camisa. Vamos reforçar dentro da nossa realidade. A torcida pode ficar tranquila”, afirma Petraglia.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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