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Elias: passado de R$ 150 e muitas carolinas na várzea

7 ago 2009 - 17h06
(atualizado às 17h26)
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Nos Leões da Geolândia, time da várzea defendido por Elias em 2006, ninguém joga de graça. Todos os jogadores recebem o mesmo salário: R$ 150 por jogo. Com Elias não era diferente. Contudo, existem ainda alguns "bônus" fornecidos pelos donos do clube.

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Além dos R$ 150, Elias recebia a gasolina para ir e voltar dos campos onde o time ia jogar e ainda podia comer de graça na padaria do diretor Nilton. Com moderação, é claro. "O Elias não comia muito não. Mas o preferido dele eram as carolinas, o doce. Aí ele comia várias", conta.

Pretendido por clubes europeus, para permanecer no Corinthians, Elias teria pedido R$ 150 mil mensais e mais R$ 1,5 milhão de luvas. Quanto ao valor de R$ 1,5 milhão de luvas, se fizéssemos uma analogia aproximada, as luvas representariam as carolinas que ele comia antigamente.

Nilton, responsável também pelas finanças dos Leões da Geolândia, ri da comparação. Para ele, esse é o caminho natural de um jogador de futebol bem sucedido. "Ele tem talento e teve a oportunidade certa. É normal ganhar dinheiro. Mas ele continua humilde", apressa-se em explicar.

Leões da Geolândia sofre com desmanches

Embora situado à margem dos olhos de empresários, de transações milionárias, de jogadores-propaganda e da bajulação da mídia, um time de várzea está sujeito a desmanches rápidos e cruéis como qualquer time profissional. É justamente por isso que o time em que Elias jogava, em 2006, praticamente não existe mais.

"Daquela equipe, ficaram apenas cinco ou seis jogadores. O resto está espalhado por aí. É muito difícil segurar a rapaziada", conta Nei, ex-jogador e presidente do clube.

As mudanças de times na várzea ocorrem de uma maneira mais simplória, mas tão predatória e impiedosa quanto às do mercado profissional. As equipes geralmente são patrocinadas por pequenas empresas de bairro, como é o caso dos Leões da Geolândia. E quando é para trazer um craque da várzea para o seu time vale tudo, até mesmo oferecer emprego.

"Tem muita gente que oferece emprego para o jogador, com a condição que ele jogue no seu time. Aí o cara vai, não tem jeito. Poucos times pagam o suficiente para o cara não ter que trabalhar, isso não existe. Então uma oferta de emprego acaba sendo irrecusável", admite Nilton.

O volante Tiquê foi companheiro de Elias no Leões da Geolândia
O volante Tiquê foi companheiro de Elias no Leões da Geolândia
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Fonte: Especial para Terra
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