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Adeus, Alex - Parte 6: a temporada histórica no Cruzeiro

7 dez 2014 - 11h52
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O maior ano da carreira do Alex. Com 45 gols na temporada, o camisa 10 fez chover nesta temporada. Comandou o Cruzeiro na Tríplice Coroa. O Terra não poderia de destacar essa passagem história do camisa 10 na semana de despedida do craque, que só foi possível por sua esposa e um técnico em especial. Alex o chama de "mestre". Ou "monstro". 

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Alex e Luxemburgo se abraçam após gol no Mineirão, em 2003: "é um monstro"
Alex e Luxemburgo se abraçam após gol no Mineirão, em 2003: "é um monstro"
Foto: Instagram / Reprodução

Ainda pertencendo ao Parma-ITA, Alex foi repassado ao Cruzeiro em 2001. Entre esse ano e o seguinte, realizou 29 jogos, marcando seis gols e dando 10 assistências, em uma passagem média. Acabou retornando ao clube italiano e jogou cinco partidas, assinalando suas vezes. Ainda em 2002 teve seus últimos momentos pelo Palmeiras, atuando 15 vezes e fazendo apenas um gol.

Foi aí que entrou o técnico Vanderlei Luxemburgo. Alex não sabia se tomava a decisão de voltar. “Se você confia tanto no Vanderlei, nós vamos”, decidiu Daiane, sua esposa. E foram. Mas a ida passa pelo treinador também. O jogador, inclusive, fala a quem perguntar que o “Luxa” foi melhor técnico da sua vida.

“Entre 2000 e 2002 foi um período complicadíssimo. Quando finalmente resolvi minha vida com o Parma, ninguém me queria e ele me deu uma chance no Cruzeiro. Contra tudo e contra todos”, contou. E Luxemburgo fez mais. “Chegou a dizer ao clube:’comigo ele joga. Senão eu devolvo o dinheiro do salário dele’..".

Provavelmente foi no Cruzeiro o clube brasileiro que Alex mais jogou bola em sua carreira, sendo que a de 2003 foi histórica – vencendo tudo que disputou. Algo que Alex vê no zagueiro e “capita” Cris um pilar importante para o seu sucesso. “Quando retornei em 2002, após péssima passagem, foi um dos meus protetores para que eu vingasse pelo Cruzeiro”, afirmou.

Outro que o camisa 10 rasga elogios é o colombiano Aristizabal. “Era nosso líder, nosso ponto de equilíbrio e nossa qualidade técnica no ataque. A nossa sincronia era incrível dentro e fora do campo”, elogia. Marcelo Ramos, companheiro do estrangeiro na frente, também não fica de fora da mira de Alex. “Goleador nato, muita técnica e inteligência pra jogar futebol. Uma das assistências que mais gosto, ele finalizou com uma frieza monstra”, relembra o ídolo celeste.

Mas sua saída da capital mineira não traz boas lembranças, ainda mais pelo jeito no qual foi avisado que sua permanência na Toca da Raposa estava descartada. “Fui dispensado por telefone”, conta Alex, que estava ao lado de sua esposa naquele momento.  Antes de fechar com o Coritiba, o clube mineiro o procurou para voltar através do diretor de futebol, Alexandre Mattos. A proposta chegou por email. “Quando eu vi, respondi que por aquele valor não iria nem conversar”, afirma Alex, que considerou baixa. Ficou de mandar contra-proposta. Nesse meio tempo, decidiu optar pelo seu time de coração. “Aí eu mandei uma mensagem (de celular) para ele avisando que eu escolheria outro caminho”, relata.

Ídolos do Cruzeiro o reverenciam

Para Alex, o maior meio-campista da história do clube se chama Dirceu Lopes, do qual já leu seu livro: “Príncipe, a real história”. De acordo com o jogador, sua passagem por Belo Horizonte teve enorme participação vinda do craque cruzeirense. “Uma das situações mais prazerosas de ter jogado no Cruzeiro foi poder conviver com você”, admite.

O “príncipe”, por outro lado, se mantém humilde em sua contribuição naquele ano. "Não deveu nada a mim e nem ao Tostão, que somos colocados como os maiores de todos os tempos do Cruzeiro", analisou o ex-atacante Dirceu Lopes. Outra autoridade cruzeirense que, com carinho, enalteceu o meia foi o próprio Tostão. "O Alex, simplesmente é, um desses gênios do futebol. O que ele fez pelo Cruzeiro em 2003 foi incrível", recordou.

Em 2003, o Cruzeiro conquistou a tríplice coroa (Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro), sendo que na Série A fez 100 pontos e marcou 102 gols. "Foi o melhor ano da história do clube. E isso só foi possível por causa do Alex, o maestro daquele time", complementou Dirceu Lopes.

Ao todo, Alex realizou 121 jogos com a camisa do clube mineiro. Fez 64 gols e deu 61 assistências, sendo artilheiro no Campeonato Brasileiro e na temporada de 2003, com 23 e 45 gols, respectivamente. Para Tostão, o meia é um dos casos de unanimidade no Cruzeiro. "Muita gente no Brasil não entende o estilo dele, ou simplesmente não gosta. Ele é aquele jogador que resolve em apenas uma jogada, seja em um arremate de longa distância, em uma cobrança de falta ou com uma assistência. E o que mais chama a atenção é que isso só ocorre em jogos decisivos ou clássicos. A torcida do Cruzeiro reconhece isso. Por isso o idolatra", disse.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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