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Adeus, Alex - Parte 7: um semideus na Turquia

7 dez 2014 - 11h52
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Referência no clube e admirado até por rivais. Idolatrado pela torcida do Fenerbahçe-TUR como um semideus. O Terra mostra o que Alex significou nos oito anos que jogou na Turquia. Também mostra a injustiça vinda do seu ex-treinador e ex-presidente. Mas recompensado pelo patrimônio de maior valia em qualquer clube do mundo.

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Oito anos em três minutos

A saída do clube aconteceu em setembro de 2012, depois de divergências com o técnico Aykut Kocaman e o presidente do Fener, o Aziz Yildirim. Os dois, aliás, se recusaram a participar da biografia do jogador, que sai em janeiro do ano que vem.

O problema com o treinador foi de puro ciúmes. Kocaman, ex-jogador do clube, estava preocupado com a possibilidade de Alex ultrapassá-lo na lista de maiores artilheiros da história do Fener. Com 185 gols pelo clube turno, Alex estava a nove do comandante, ainda recordista com a saída do camisa 10.

Depois de ser afastado do grupo e escutar “eu sou o treinador e a liderança do time, mas você é muito grande e forte. Não posso ter você contra minhas ideias dentro do vestiário. Por isso tomei essa decisão” do técnico, Alex decidiu conversar com o presidente para reverter a situação. “Entrei na sala do presidente às 16h15 e sai às 16h18. Oito anos de clube e ele resolveu tudo em apenas três minutos”, lamentou. Mas isso não foi problema, devido ao maior patrimônio de qualquer clube: o torcedor.

Estátua e acampamento

Estátua, com o tamanho real de Alex, fica em frente ao estádio do Fenerbahçe
Estátua, com o tamanho real de Alex, fica em frente ao estádio do Fenerbahçe
Foto: Instagram / Reprodução

Apesar do brilho em todos os clubes já citados, em nenhum Alex é tão reconhecido como no Fenerbahçe-TUR. Foram oito temporadas defendendo as cores da equipe turca, e os feitos são tantos que, além de ser apontado o maior jogador da história do time, a torcida construiu uma estátua do meio-campista, em menos de dois anos, em frente ao estádio em Istambul. Reproduzindo a comemoração clássica de Alex, um escultor tirou todas as medidas do craque e a obra tem o tamanho real dele.

Essa homenagem foi uma medida da torcida e, no dia da inauguração, em 2012, emocionou o jogador. "Quando abriram as negociações para me contratarem me falaram dos torcedores do Fenerbahçe-TUR, eu achei que era conversa, para me empolgarem. Depois conversei com o Taffarel, Fábio Luciano e com o Márcio Nobre, todos me disseram a mesma coisa, e mesmo assim eu não acreditei. Hoje, após oito anos, sigo sem acreditar no que essa torcida faz. Obrigado, de coração", disse na ocasião o emocionado Alex.

Outra atitude dos torcedores que impressionou o mundo e, principalmente, o jogador, foi no mesmo ano de 2012, quando se divulgou a saída dele do clube. Uma verdadeira multidão foi à frente da casa do jogador, em Istambul, agradecer pelos serviços prestados. "Eu amo você, Alex", cantavam em coro.

Quem trabalhou com Alex na Turquia foi Zico, que foi o treinador do Fener entre 2006 e 2008. "Era algo incrível o carinho da torcida por ele. Ensurdecedor. E essa idolatria é simples de entender: basta ver o jogador que ele é, super dedicado, disciplinado e um fora de série. Além da pessoa que é", elogiou. Ídolo de Alex da infância até os dias atuais, o Galinho é mais um a se render aos talentos do meia. "De todos os jogadores que eu já dirigi ele foi simplesmente o melhor. Um camisa 10 clássico, completo. Totalmente diferenciado", resumiu.

Nos oito anos em que defendeu o Fenerbahçe-TUR, Alex conquistou seis títulos expressivos (três Ligas Turcas, uma Supercopa Turca e uma Copa da Turquia), marcou 185 gols, deu 162 assistências. Isso tudo em 378 partidas.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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