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Ex-xodó, corintiano salva e impede retorno de "maldições"

21 ago 2014 - 21h42
(atualizado em 22/8/2014 às 01h52)
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Mano Menezes já havia alertado em entrevistas anteriores: a maior dificuldade do Corinthians até aqui no Campeonato Brasileiro é quando atua como mandante, contra times que estão na segunda metade da tabela. A "bronca" não adiantou tanto: nesta quinta-feira, a equipe alvinegra fez boa atuação, mas voltou a pecar em detalhes e só saiu de campo com goleada por 5 a 2 sobre o Goiás graças à entrada de um inspiradíssimo Luciano, autor de três gols que impediram a volta das “maldições” de Robin Hood e de Itaquera.

Apesar de serem distintas, ambas as “maldições” estão conectadas. A síndrome de Robin Hood, herói que roubava dos ricos e oferecia para os pobres, no entanto, começou antes até da inauguração da Arena Corinthians. Já nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de 2014, as atuações pouco convincentes do time alvinegro contra equipes que não iam tão bem na tabela irritaram o torcedor e pressionaram Mano Menezes.

Luciano fez três gols no jogo e foi o grande nome da vitória corintiana
Luciano fez três gols no jogo e foi o grande nome da vitória corintiana
Foto: Luis Moura / Gazeta Press

O responsável por iniciar a síndrome foi o Atlético-PR, que arrancou empate por 1 a 1 quando a equipe alvinegra ainda jogava no Canindé, à espera do estádio que corria para ficar pronto para a Copa do Mundo. Já na Arena veio a maior decepção, que iniciou a “maldição de Itaquera”: derrota por 1 a 0 no primeiro jogo oficial da nova casa para o então lanterna Figueirense, que ainda não havia nem sequer marcado gol no torneio.

O reforço da má sorte no estádio veio com empate sofrido para o Botafogo em Itaquera no último duelo antes da pausa para o Mundial de 2014. A “maldição”, contudo, parecia ter sido curada com vitória sobre o Inter e Palmeiras, pelo Brasileiro, e sobre o Bahia, pela Copa do Brasil, mas empate com os baianos já no último sábado reforçou ambas as síndromes que impedem o Corinthians de estar estabelecido na liderança do campeonato. Contra rivais e times que brigam pelo título, os paulistas têm desempenho superior - a mesma cena se repete com o time como visitantes, condição na qual ainda não foi derrotado. 

Nesta quinta-feira, o caminho parecia o mesmo: o Goiás saiu na frente logo no início do primeiro tempo, mas o Corinthians empatou com Guerrero. O time esmeraldino contava com atuação excepcional do goleiro Renan e voltou a ficar na frente em bobeada da defesa alvinegra no segundo tempo, mas Elias rapidamente conseguiu igualar. Os donos da casa buscavam de todas as formas a vitória, mas ela parecia impossível. Não para Luciano.

Quando chegou ao Corinthians vindo do Avaí sob desconfiança, Luciano logo virou xodó ao marcar gols importantes nas primeiras aparições. Foi tão bem que tirou até a vaga de Guerrero do time titular de Mano Menezes. Entretanto, caiu de rendimento e viu o peruano voltar à boa forma: do início do Campeonato Brasileiro até aqui, apenas entrou no segundo tempo com pouco brilho.

O duelo com o Goiás mudou tudo isso. O jogador saiu do banco no início do segundo tempo para substituir o paraguaio Ángel Romero, atual xodó da torcida e dono de atuação fraca nesta quinta. Logo aos 11min da etapa final, o atacante recebeu de Elias na cara do goleiro, mas tocou para fora na saída de Renan. Aos 30min, foi a vez de Renan tirar com os dedos gol certo de Luciano no canto. Parecia que seria mais um dia sem marcar para o atacante. Só parecia.

Aos 33min, o cenário mudou: após cobrança de falta, o “ex-xodó” desviou na entrada da área para virar o jogo para os corintianos. A atuação inspirada continuou: aos 40min, Luciano recebeu de Jadson, invadiu a área e tocou na saída do goleiro adversário. Havia tempo para mais? Houve: aos 44min, o atacante aproveitou vacilo esmeraldino para concluir no gol e fazer incrivelmente seu terceiro em apenas 11 minutos.

A excelente atuação de Luciano vem em ótima hora para o garoto. No início de setembro, Guerrero servirá a seleção do Peru e Mano Menezes pede incessantemente um substituto – Nilmar é o grande sonho corintiano. A negociação é complicada e os valores altos, mas o “reforço” tão insistido pelo treinador pode vir do banco de reservas, com status de “ex e futuro xodó”.

Fonte: Terra
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