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Governo convoca reunião em Brasília para discutir violência nos estádios

10 dez 2013 - 11h03
(atualizado às 11h04)
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<p>Secretário descartou extinção de organizadas e pediu rigor em legislação para evitar violência</p>
Secretário descartou extinção de organizadas e pediu rigor em legislação para evitar violência
Foto: Paulo Sérgio / Agência Lance

O secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Toninho Nascimento, qualificou como um "vexame" a briga generalizada entre as torcidas do Atlético-PR e Vasco, no último domingo, em Joinville (SC), pela rodada final do Campeonato Brasileiro.

Com um discurso contundente, o dirigente declarou que o governo federal está "extremamente preocupado" com a situação atual, e informou que uma reunião em Brasília está prevista para a próxima quinta-feira, para se buscar medidas para que episódios semelhantes não voltem a acontecer.

Torcidas de Atlético-PR e Vasco se enfrentam em Joinville:

"É inadmissível o que aconteceu. Temos legislação, temos o Estatuto do Torcedor. Temos a mania de achar que devemos sempre criar leis, nos tornamos um legislador perpétuo. Temos que prender. Somente três ou quatro vândalos foram presos neste episódio de domingo", afirmou Nascimento, durante a abertura do 10º Footecon, fórum internacional de futebol, que acontece até quarta-feira no Rio de Janeiro.

Participarão da reunião representantes do Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, CBF, clubes, federações, além da Procuradoria Geral da República, e do próprio governo. Toninho Nascimento frisou que o futebol brasileiro passa por um momento único, com uma série de acontecimentos, bons e "horrorosos" como o do último domingo.

"A Copa do Mundo tem data para acabar - se Deus quiser, com o Brasil campeão. O futebol brasileiro vai continuar. Está na hora de todos nós termos mais responsabilidades. Nosso futebol, em alguns momentos, cai para a segundo, terceira, quarta divisões", comentou.

Nascimento defendeu que as torcidas organizadas envolvidas na confusão sejam punidas, mas evitou demonizar grupos de torcedores uniformizados que vão para os estádios. Para ele, a solução não passa pela exclusão das organizadas. O dirigente apontou que clubes, federações e o próprio governo também têm responsabilidades nessa questão.

"Líderes de torcidas organizadas me ligaram preocupados, temendo que se coloquem todos no mesmo saco. A solução não passa pela exclusão das organizadas. Se aumenta o índice de atropelamentos de pedestres, vamos partir para proibir a circulação de carros?", questionou. "Está na hora de todos nós termos mais responsabilidades", acrescentou.

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Fonte: Terra
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