Gramado do Serra Dourada vira preocupação no Atlético-MG
O Atlético-MG tem um obstáculo a mais para o confronto de domingo, contra o Goiás, em Goiânia: as dimensões do gramado do Estádio Serra Dourada. Com 110 m por 75 m, a estrutura física do campo é muito superior ao padrão indicado pela Fifa, que é de 105 m por 68 m.
Para o zagueiro Leonardo Silva, as dimensões do gramado podem modificar o jeito da equipe jogar. “Será bem diferente. Num campo com dimensões dessa, não podemos dar tanto espaço. É tentar matar na origem o lançamento. Vamos trabalhar durante a semana. Será um desafio para o nosso padrão de jogo”, disse o zagueiro.
O armador Giovanni Augusto considera que o campo maior pode ser benéfico para os jogadores do Atlético-MG. O meio-campista, que tem se destacado com passes precisos para gols no Campeonato Brasileiro, espera fazer a diferença com lançamentos.
“Quanto mais espaço, melhor. Agora vamos ter esse desafio. Estamos acostumados a jogar num campo de um tamanho só. Espero estar num dia bom e ajudar a equipe”, ressaltou Giovanni Augusto.
No ano passado, o Atlético-MG conseguiu vencer o Goiás, no Serra Dourada, por 3 a 2. O Galo fez 3 a 0 no primeiro tempo, mas sofreu dois gols na etapa complementar. O técnico Levir Culpi ficou na bronca e justificou o sufoco nos minutos finais com o desgaste físico dos atletas.
“Alguém conhece alguma quadra de vôlei maior que a outra? Uma quadra de basquete maior que a outra? Só existe isso no futebol brasileiro. Se é padrão Fifa é jogar 105 m por 68 m jogar em um campo 110 m por 75 m favorece a contusões. É uma medida simples de tomar. Não tem ninguém fora da lei, mas fora da razão", reclamou o treinador no ano passado, após a vitória sobre a equipe goiana.
Apesar das dificuldades com as dimensões do gramado, o histórico do Galo contra o time esmeraldino no estádio é equilibrado. Em 27 jogos disputados no Serra Dourada, foram oito vitórias do Atlético, nove empates e em 10 partidas o Goiás saiu vencedor.