Interino assegura ter "carta branca" do Santos, mas nega regalias a base

Anunciado como substituto de Muricy Ramalho, demitido nesta sexta-feira pelo Santos, o técnico Claudinei Oliveira assegurou assumir a equipe com "carta branca". Ex-comandante da equipe Sub-20 campeã da última Copa São Paulo, o treinador negou, entretanto, que priorizará o uso de atletas das categorias de base no elenco principal. São cerca de 15 jogadores promovidos recentemente.

"Eu assumo o Santos com a obrigação de fazer o melhor. Temos pouco tempo para fazer o trabalho. Então, para esse próximo jogo, não teremos grandes mudanças. Tenho carta branca para fazer o que for melhor para o clube como fiz na base. Vou colocar a minha filosofia, mas não de uma hora para a outra", disse Claudinei.

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"Prefiro ver o que vai acontecer no campo. Mas o primeiro contato com todos foi amistoso, conheço todos, via sempre nos treinos (semanais) com o Sub-20. Sei a história de todos, sei o que cada um fez no futebol. A base não vai garantir o lugar no time. Vai garantir eu ver o que vão fazer agora", completou.

O Santos negocia, agora, o pagamento da multa contratual a Muricy. O Terra apurou que as cifras giram em torno de R$ 4 milhões e são negociadas com o estafe do treinador. O clube, entretanto, rejeita o rótulo de "tampão" a Claudinei.

"Quando conversamos com o Claudinei, em momento nenhum combinamos algo nesse sentido. Ele foi convidado e tem a nossa confiança. O comitê está avaliando e se decidir fazer mudanças, fará. Mas não discutimos nenhum nome", disse Odílio Rodrigues, vice-presidente santista.

Muricy Ramalho encerra o ciclo no Santos após pouco mais de dois anos à frente do clube, que assumiu em abril de 2011. Desde então, foram seis finais e quatro títulos: dois paulistas, uma Copa Libertadores e uma Recopa Sul-Americana.

Bastante pressionado, o técnico viu a situação ficar ainda mais insustentável depois do erro na escalação da equipe na primeira final do Campeonato Paulista contra o Corinthians, no Estádio do Pacaembu. Muricy optou por um esquema com quatro volantes, o principal deles Marcos Assunção, e viu o time ser dominado durante toda a decisão. No Brasileiro, o Santos ainda não venceu e ocupa só a 14ª colocação.