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Manifestantes protestam na porta do Maracanã antes de Flu x Vasco

21 jul 2013 - 18h35
(atualizado às 18h35)
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Manifestantes se reuniram na entrada do Maracanã neste domingo
Manifestantes se reuniram na entrada do Maracanã neste domingo
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press

Um grupo de cerca de 30 pessoas protesta no lado de fora do Maracanã, em frente ao estádio de atletismo Célio de Barros, contra a demolição de equipamentos esportivos anexos ao palco onde será jogada a final da Copa do Mundo de 2014. Os manifestantes também criticam a concessão do Maracanã à iniciativa privada e gritam palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB. O clima, por ora, é tranquilo, e a polícia sequer acompanha o protesto, que antecede a partida entre Fluminense e Vasco, no retorno de clubes cariocas ao estádio depois de quase três anos.

Entre os manifestantes, estão atletas e treinadores que utilizam o Célio de Barros, o parque aquático Júlio Delamare, além de pais de alunos da escola municipal Friedenreich. O consórcio gestor do Maracanã prevê a demolição dessas três construções para dar espaço a estacionamentos e lojas comerciais. A promessa de que novas instalações sejam erguidas em áreas próximas ao estádio parece não convencer a coordenadora técnica do atletismo do Vasco da Gama, Solange Chagas do Valle. Para ela, esse anúncio não passa de uma “pegadinha”, como definiu.

“O consórcio disse que esses novos equipamentos só vão ficar prontos em 2017. Se é que vão ficar. E onde os atletas vão se preparar? Temos uma Olimpíada batendo à porta”, afirmou.

Ela se disse completamente contrária às demolições, especialmente pelo caráter histórico desses locais. Ao lado de Solange, a também treinadora de atletismo, Edinéia Freire, reclamava que os atletas estão tendo que se preparar em locais sem a mínima estrutura desde que a pista do Célio de Barros foi desativada, no início do ano.

“Colocaram a pista anexa do Engenhão à disposição, mas ele não fica liberado todos os dias. Sem contar que falta tudo lá, não tem bebedouro, não tem sala de musculação”, observou. Os manifestantes pretendem fazer uma caminhada em torno do estádio. A Defensoria Pública da União tenta barrar as demolições na Justiça. Para Edinéia, é a única solução para que o Célio de Barros e o Júlio Delamare permaneçam de pé.

“Podem nos oferecer cinco estádios modernos para treinar, que não vamos admitir que um lugar com a história do Célio de Barros seja destruído”, acrescentou.

Fonte: Terra
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