Promotor diz que detectou pelo menos um crime no caso do rebaixamento da Lusa
O promotor do Consumidor, Roberto Senise Lisboa, que conduz uma ação civil pública contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelo não cumprimento do estatuto do torcedor no caso envolvendo a perda de quatro pontos de Portuguesa e Flamengo, na última rodada do Campeonato Brasileiro 2013, afirmou nesta quarta-feira que já detectou pelo menos um crime nas investigações que estão em curso.
Segundo ele, há duas frentes de investigação. Uma interna, envolvendo os dirigentes da Portuguesa, e outra externa, que observa os possíveis interessados na queda do clube paulista para a segunda divisão. Com a perda dos quatro pontos por conta da escalação irregular do meio-campista Héverton, a Portuguesa acabou perdendo a vaga na elite nacional em 2014, beneficiando o Fluminense, que foi rebaixado dentro de campo.
"É uma investigação muito complexa e envolve muita gente. Neste momento, estou analisando as linhas telefônicas dos envolvidos. Não posso revelar a linha de investigação, mas posso dizer algo com certeza: pelo menos um crime já foi identificado nessa investigação", disse.
O promotor disse que até a próxima semana deve se pronunciar sobre o assunto. Internamente, Senise investiga a dívida do ex-presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, com o Banco Interamericano do Funchal (Banif), ex-patrocinador do clube.
No início do ano passado, o banco entrou na Justiça para executar uma dívida de R$ 42,8 milhões contraída por Da Lupa. O ex-presidente sempre negou que tomou empréstimos em seu nome para administrar a Portuguesa.