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Saída da Ponte para buscar o G4 com o Tricolor: o dia louco de Doriva

8 out 2015 - 18h12
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Na quarta-feira, dia 7, às 13h, Doriva entrou na sala do presidente da Ponte Preta, Vanderlei Pereira, para pedir demissão. Procurado pelo São Paulo, ele não titubeou em aceitar o convite do clube que o formou como atleta e, após arrumar suas coisas, partiu no início da noite para a capital. Por volta das 21h, assinou contrato e, em suas próprias palavras, deu início à maior oportunidade de sua carreira.

"É um sonho para qualquer um", disse o ex-volante, exatas 24 horas depois de deixar a Macaca, em entrevista concedida após comandar seu primeiro treino no Tricolor, nesta quinta. Contente e animado com a possibilidade de comandar um time que está nas semifinais da Copa do Brasil e brigando para alcançar o G4 do Campeonato Brasileiro, ele contou como foi dormir no próprio CCT da Barra Funda. Ou ao menos tentar.

"Já voltei a dormir aqui no CT, foi bacana demais. Cheguei tarde, tudo bastante corrido, uma loucura. Demorei a pegar no sono, porque fica passando um filme dos momentos que eu vivi aqui, de tudo que passei (risos). Morei aqui quando era jogador, concentrei bastante também. Foi maravilhoso já passar a noite", relatou o comandante.

Razoavelmente descansado pela cama do local de treinos da equipe e motivado para começar o trabalho, ele levantou cedo. Uma hora e meia antes do treino, marcado para as 9h, já discutia com o seu novo auxiliar, Milton Cruz, a situação atual do time. Além dele, Eduardo de Souza, outro auxiliar, e Anselmo Sbragia, preparador físico, tabém integraram a nova comissão técnica do clube.

Após delegar o aquecimento a Sbragia, Doriva pôde mostrar um pouco da sua intensidade nos treinos. Em um trabalho tático de campo reduzido, disparou toques e lançamento para quase todos os atletas que compunham as equipes de ataque. Volante campeão mundial pelo Tricolor e convocado para a Seleção na Copa de 98, ele esbanjou precisão a cada toque na bola.

Depois de duas horas pedindo bastante intensidade, abriu um sorriso para encarar os jornalistas pela primeira vez com a camisa tricolor. Na sala de imprensa, apontou tanto Brasileiro quanto Copa do Brasil como objetivos possíveis, sem precisar priorizar uma ou outra competição. Para ele, só assim será possível marcar seu nome na história do time também fora de campo.

"Vamos trabalhar simultaneamente, buscando a melhor colocação possível no Campeonato Brasileiro, chegar à decisão Copa do Brasil e tentar conquistar esse título. Seria fantástico, não só para mim como para o clube, que não tem essa conquista na sala de troféus. Vamos mobilizar os atletas para entrar na história do São Paulo", bradou o comandante, conhecido pelo alto teor motivacional de suas palestras.

Para encerrar um dos dias mais loucos de sua vida, Doriva ainda fez questão de lembrar dos tempos de jogador e pedir o apoio do torcedor na missão. "Eu já joguei para 120 mil pessoas no Morumbi, nossa torcida, na época em que a gente ganhou tudo, comparecia em peso. Precisamos deles também para essa caminhada", encerrou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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