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Sem rodízio e improvisação, Doriva quer impor seu estilo no Tricolor

8 out 2015 - 12h50
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Doriva mostrou respeitar o seu antecessor, mas nem de longe quer seguir a cartilha de Juan Carlos Osorio. Estreante do dia no CCT da Barra Funda, apesar de conhecer o lugar desde a época em que era jogador, o novo técnico do São Paulo admitiu que às vezes é necessário trocar algumas peças da equipe. A regra para ele, porém, é tentar repetir um time o maior número possível de vezes.

"Em relação a rodízio, a minha leitura é que eu gosto de repetição. Repetir uma equipe, ter uma base", afirmou o comandante, contrastando suas palavras com os números apresentados por Osorio. Em 28 jogos no comando do Tricolor, o colombiano não repetiu a escalação nem uma vez sequer. O rodízio, elogiado por alguns e criticado por outros, era visto como uma maneira de deixar a intensidade física e a competição sempre altas no elenco.

"Logicamente que, em alguns momentos, não dá. Mas temos um centro de reabilitação bem capacitado para isso. No momento em que a gente precisar de um rodízio para os atletas, será feito. Você tem que colocar em campo o atleta que está 100%. Há essa oscilação, lesões, cartões, mas não tenho por hábito ficar trocando a equipe constantemente. Eu, pela minha linha de trabalho, creio que com a repetição das informações vem o entrosamento", analisou.

Após encarar o Tricolor sob o comando do ex-treinador enquanto estava na Ponte Preta, Doriva classificou como "interessante" o jeito de jogar da equipe. Agora, podendo trabalhar com nomes que conviveram com Osorio, como o auxiliar Milton Cruz e o coordenador de preparação física, Zé Mário Campeiz, ele espera obter detalhes do dia a dia que levaram a outro ponto marcante da passagem do colombiano: as improvisações.

O antigo comandante buscava, nas características dos atletas, achar novas posições. O lateral esquerdo Carlinhos, por exemplo, teve na sua deficiência na marcação a senha para ser escalado como meia e depois ponta direita. Breno, zagueiro, praticamente só jogou como primeiro volante. Thiago Mendes, segundo ou terceiro homem de meio-campo, também foi recuado para a posição de cabeça de área.

"Temos que trabalhar diretamente com o atleta. Acho que os jogadores têm qualidades que podem ser usadas em diversos momentos. Não costumo improvisar, mas, às vezes, a situação te obriga. O Osorio tinha as condições dele por trabalhar no dia a dia com o elenco e saber como cada um gosta de atuar. Tenho que ver com os atletas, mas, de antemão, a improvisação não é uma linha que eu adoto", explicou.

No primeiro treino comandando por ele, aliás, isso pôde ser observado. Divididos em times de cinco, os atletas fizeram a função que estão mais acostumados a realizar. No ataque que pode ser considerado titular, Thiago Mendes era o segundo volante, com Ganso de armador e o trio ofensivo mostrando Rogério, aberto na direita, Pato, na esquerda, e Luis Fabiano centralizado. Na defesa, Hudson, único primeiro volante de origem, ocupou a posição. A linha de quatro defensores ficou com Bruno, Breno, Luiz Eduardo e Carlinhos.

Fã do 4-2-3-1, por vezes variando ao 4-1-4-1, Doriva indica assim uma possível equipe para encarar o Fluminense, no dia 14, em sua estreia pelo Tricolor. Vale lembrar, porém, que ele ainda espera os retornos de Rodrigo Caio e Lucão, titulares com Osorio e a serviço da Seleção olímpica. Michel Bastos, com estiramento no músculo posterior da coxa esquerda, só deve ficar à disposição para o embate contra o Santos, no dia 21, pela Copa do Brasil.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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