Como esperado, eleição no Paraná terá duas chapas

No último dia para inscrições de chapas para as eleições do Paraná, dois grupos estiveram na sede social da Kennedy para concorrer ao pleito do dia 23 de setembro. Situação e oposição já estão definidas para ver quem assume o clube paranaense no próximo triênio.

De um lado, na "Reconstrução Tricolor", o candidato à presidência é Leonardo Oliveira, 35 anos, atual vice-presidente financeiro paranista. Conselheiros, Christian Knaut (ex-vice de marketing) e Marcelo Guatura são o primeiro e segundo vices, respectivamente.

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Essa chapa é apoiada pelo investidor Carlos Werner, visto nos bastidores como a salvação do Paraná. O empresário tem a ideia de vender patrimônios ociosos, como o social e investir nas categorias de base e na Vila Olímpica do Boqueirão. "Lá é o nosso futuro", garantiu em entrevista recente.

O empresário Osman Luiz Tomasi, e Oliveiros Machado, vice-presidente do Conselho Deliberativo, completam o financeiro e a superintendência da chapa idealizada pelos "Paranistas do Bem", que assumiu o clube em março, após renúncia de Rubens Bohlen. O atual presidente, Luiz Carlos Casagrande, está entre os apoiadores, mas não terá cargo no mandato - a princípio.

"Nossa chapa é composta por pessoas novas no cenário político do clube que estão dispostas a reconstruir a história do clube. Todos que estão na chapa e nos apoiando têm grande experiência em administração de empresas e, além disso, já vivenciaram o clube em diversas funções. Temos conhecimento para tirar o Paraná dessa situação", afirmou Oliveira para o jornal Gazeta do Povo.

Do outro lado, Erivelto Luiz Silveira, 56 anos, é o nome do "Paraná, o clube do futuro" para concorrer contra a situação. Ex-vice do Conselho de Obras e Planejamento, o conselheiro tem Rubens Melantonio como primeiro vice e Ricardo Machado Lima como segundo vice. Esse último foi um conhecido dirigente de futebol nos anos 2000 e tem nome de peso.

O jornalista Manoel Fernandes Alves, conhecido como "Maneco", e Antônio Elói de Matos Filho, completam a chapa de oposição. "É uma chapa que quer mostrar legitimidade dentro do clube, demonstrar que o Paraná não pertence a apenas um grupo, mas é de todos os associados. São pessoas que amam o clube e um grupo que tem coesão de ideias, uma diretoria que falará a mesma língua", explicou Lima.

Os associados tiveram até sábado para habilitar suas participações nas eleições e cerca de 1.320 sócios se registraram no colégio eleitoral. É preciso estar com as mensalidades em dia na data da votação para estar apto. Esse motivo, inclusive, será alvo de investigação da Comissão Eleitoral na candidatura da oposição. Há informações de que Erivelto não paga desde junho deste ano e outro integrante está inadimplente de 2013 para cá.

Na próxima semana, as chapas prometem convocar a imprensa e torcedores para apresentar seus projetos com objetivo de administrar o Paraná entre 2016 e 2018.