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Torcedores criam associação para gerar renda ao Paraná

15 set 2014 - 14h01
(atualizado às 14h19)
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Foto: Divulgação

A torcida do Paraná vem dando exemplos e se mostra bem participativa para mudar o panorama do clube, que convive com dificuldades financeiras há anos. Em 2013, patrocínios pontuais foram feitos pela organizada, torcida virtual e um torcedor conhecido da torcida. Neste ano, a organizada decidiu passar royalties quando usar a marca do clube como forma de ajudar.

Neste final de semana, os torcedores deram mais um passo. Após quase um ano de muita conversa e ideias formuladas, um grupo decidiu criar a “Associação dos Patronos e Amigos da Gralha Azul”. A ideia é captar recursos, sendo uma entidade independente, para ajudar em questões pontuais.

Para a torcida ajudar, a contribuição foi dividida em três formas: colaborador (que doar bens ou serviços dentro de uma mesmo ano), amigo (contribuições abaixo de R$ 20,00/mês) e patrono (igual ou superior a R$ 20,00/mês). Esse último, inclusive, está apto a votar na associação e participar da gestão.

Entre as principais vias de foco, estão: revitalização das lojas; custear projetos de captação de recursos com base em leis de incentivo ao esporte (terceirização de captação); compra de placas de publicidade externa para a Vila Capanema e a Sede Kennedy; reformar e reestruturar o setor de angariação e cobrança dos sócios; custear a manutenção do gramado da Vila Capanema.

Técnico Ricardinho discursou no lançamento da associação
Técnico Ricardinho discursou no lançamento da associação
Foto: Guilherme Moreira / PGTM Comunicação - Especial para o Terra

O Terra conversou com o presidente Fernando Giraldi no lançamento oficial, em um hotel no centro de Curitiba. O torcedor paranista explicou como funcionará a associação, deixou claro que o dinheiro não será aplicado em pagamento de salário e diz ter um sonho de gerar uma receita anual de R$ 1 milhão.

Confira a entrevista exclusiva abaixo:

De onde surgiu a ideia para fundar a associação?

A ideia surgiu dos movimentos surgidos no ano passado, das arrecadações de valores feitas pela torcida. Começamos a nos reunir em dezembro e janeiro sobre fazer uma instituição com credibilidade para receber doações. Estudamos modelos no Avaí, do Vasco e uma do Botafogo, além de algo parecido em uma escola da Europa.

Qual será a forma de participação da torcida?

Terão as mensalidades e arrecadações específicas. Da primeira parte, 70% da arrecadação é aplicada em melhorias do clube e 30% em um fundo de renda permanente com aplicações financeiras e apenas os ganhos retornarão ao clube. Já na parte específica, projetos de melhorias de estrutura para nossos atletas da base e do profissional.

Existe uma projeção de valores?

Neste momento temos cerca de R$ 15 mil por mês garantido e queremos atingir com esse lançamento o valor de R$ 50 mil para fixar R$ 600 mil no ano. O nosso sonho de fato é atingir R$ 1 milhão por ano em mensalidades.

Os torcedores estão desconfiados com o clube e todos querem saber: esses valores vão passar na mão da diretoria?

Primeiro, incentivamos que a torcida seja sócia do clube. Mas a associação vem para captação de doações, gerenciar os projetos e entregar para o clube sem interferência. Vemos o que precisa ser feito e fazemos. São caixas distintos e trabalhando com uma linha em comum.

Qual o foco e prioridade nessas melhorias agora?

Nas mensalidades, nosso foco é trabalhar em cima das lojas da sede da Kennedy e do hipermercado Big (parada há anos). Estudando o balanço financeiro, vemos que melhorando a estrutura, podemos multiplicar ou triplicar os ganhos.

A associação vai ajudar a pagar salário de jogador?

Não vamos nos envolver. Isso é para o conselho gestor do Paraná resolver e trazer soluções para essa questão de atrasos salariais.

A Fúria Independente, única organizada, se mostrou contra o social e quer o Paraná apenas com o futebol. Vocês pretendem ter posicionamentos fortes sobre questões do clube?

Não somos uma força política. Temos posicionamentos pessoais, com conselheiros dando sua voz dentro do clube das reuniões do Conselho, mas não vamos criar pressão ou dar opinião em assuntos polêmicos.

Investidores e empresários se mostram receosos pela credibilidade em queda do Paraná nos últimos anos. A associação é uma forma de fazer essa ligação? Como está a aceitação?

Aceitação está boa, alguns empresários já nos procuraram. Aquele que está desacreditado e acredita na gente, peço que nos procure para fazer essa ponte e trazer receitas ao clube.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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