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Sobre nova lei, cartola avisa atletas: "salários vão cair"

Em contato exclusivo com o Terra, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, mostrou-se favorável à Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte

29 jul 2014 - 13h08
(atualizado às 13h25)
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Presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro Andrade (centro) foi o chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 2014
Presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro Andrade (centro) foi o chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 2014
Foto: Ricardo Stuckert /CBF / Divulgação

Discutido por clubes e governo na última semana, o projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), que, entre outras coisas, promete punir severamente as equipes que não pagarem suas contas em dia - a fiscalização seria feita pela CBF -, segue em pauta no futebol brasileiro. Nesta terça-feira, em contato exclusivo com o Terra, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, mostrou-se favorável à medida e ainda aproveitou para avisar a torcedores e atletas que, caso ela seja aprovada, os salários dos jogadores diminuirão.

“Presidentes de clubes serão responsabilizados (se houver atraso nos pagamentos de salários), inclusive com exclusão do dirigente do futebol. É uma mudança radical, que provoca uma necessidade de conscientização no esporte”, disse Vilson. “Evidentemente vai ter consequências. Os salários, por exemplo, vão cair. Ninguém vai conseguir pagar o que se desembolsa atualmente. Os clubes terão que fazer somente o que poderão. O orçamento terá que ser seguido à risca. Essa é a lei que vai moralizar o futebol brasileiro”, acrescentou.

Ainda em discussão, a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte prevê o refinanciamento da dívida milionária dos clubes brasileiros e promete punir com rebaixamento imediato de qualquer competição (estadual, nacional ou internacional) o clube que não pagar as suas contas em dia. “Não vamos nos menosprezar. É um acordo com o governo. Não pagou, dança. Dessa vez, o futebol está querendo se moralizar”, explicou Toninho Nascimento, secretário do ministro do esporte, Aldo Rebelo.

“Ninguém é contra pagar 100 mil, 200 mil, 900 mil de salários a um jogador, desde que o clube tenha capacidade para pagar. O grande problema é que os dirigentes fazem a compra com a visão de que o torcedor vai realizar o pagamento no futuro e resolver o problema do clube. É o apelo da arquibancada que move os dirigentes a fazer loucuras. Agora, eles vão entender que isso não vai adiantar mais, porque senão serão punidos”, acrescentou Vilson.

O dirigente ainda garantiu que tenta estar sempre em dia com os seus atletas e que é prejudicado na tabela do Campeonato Brasileiro por causa disto – neste momento, o Coritiba é o 17ª colocado. “Eu busco pagar os meus jogadores em dia, e a minha equipe está brigando para não ser rebaixada. Tem time que está brigando pela liderança e não paga ninguém. Aí é aquela questão: tem que brigar para ser campeão brasileiro com mérito, em campo. Com as mesmas condições”, decretou.

Presidente do Coritiba critica política financeira de clubes:
Fonte: Terra
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