Bom Senso denuncia demissões após greve e cobra até Dilma
O Bom Senso voltou a se manifestar. Desta vez, a bronca foi diretamente ao Grêmio Barueri, que dispensou um grupo de atletas que seriam os "cabeças" da greve orquestrada em 15 de agosto, quando não entraram em campo contra o Operário-MT por conta da falta de pagamento a jogadores. Com o título de "o fundo do poço", o movimento criticou a atitude da diretoria da equipe paulista e cobrou o Ministério do Trabalho, o Ministério Público, a CBF e até mesmo a presidente Dilma Rousseff.
Segundo nota oficial do Bom Senso, o coordenador-técnico do Barueri, José Antônio Bressan, e o presidente do clube, Alberto Ferrari, haviam se comprometido com o elenco, afirmando que pagariam o que estava atrasado. Porém, agora a postura é outra: "eles se negam a pagar e ainda tratam o débito como normal e corriqueiro no futebol brasileiro", diz o movimento dos atletas.
Diante dessa situação, o Bom Senso disparou sobre órgãos públicos. "Como a Justiça do Trabalho pode ser tão ineficaz e lenta em ações deste tipo, onde o cidadão cobra o que lhe é devido e demora anos e mais anos para receber? Onde está o Ministério Público, que adora holofotes, mas não investiga essa gente que está liquidando o futebol brasileiro? Passou da hora de punir quem faz o errado e interfere negativamente na vida de tantos. Estes precisam pagar pelos seus atos".
A bronca do movimento sobrou até mesmo para a presidente Dilma Rousseff. "A própria Dilma disse para o Bom Senso FC: 'se meu governo deixasse de pagar três meses os funcionários, o País pararia'. O esporte ainda não parou, mas há tempos anda na contramão", frisou.
Aproveitando a proximidade das eleições presidenciais, o Bom Senso ainda cobrou os candidatos ao cargo máximo da política brasileira. "Precisamos de medidas para mudar essa realidade. Queremos atitudes do governo atual e também daqueles que postulam comandar o Brasil - o esporte é uma lacuna na proposta de quase todos os candidatos à presidência. Temos que alterar essa realidade urgentemente".