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Brigas e goleiro algemado marcam classificação do Brasil-RS

1 nov 2014 - 21h20
(atualizado às 21h51)
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Depois de vencer o primeiro jogo por 3 a 1, o Brasil de Pelotas segurou o empate por 2 a 2 com o Londrina neste sábado, no estádio do Café, e se classificou à decisão da Série D do Campeonato Brasileiro. O que foi apresentado dentro de campo, no entanto, ficou de lado. Aos 31min, do segundo tempo, membros das duas comissões técnicas iniciaram uma confusão generalizada, os jogadores entraram no meio e apenas a ação policial foi capaz de acalmar os ânimos. A partida ainda foi reiniciada, mas a igualdade persistiu no marcador.

O clima quente pôde ser visto desde os primeiros minutos da partida. A torcida do Londrina tentava ajudar sua equipe, mas irritada com os dois gols dos visitantes, chegou a arremessar um rádio no gramado. O time paranaense ainda teve um jogador expulso, assim como Rogério Zimmerman, treinador xavante. O Brasil, aliás, precisou ser escoltado pela Polícia para chegar aos vestiários no intervalo.

O Londrina teve um jogador expulso, e ainda assim foi buscar o empate no final do segundo tempo, o que deixou a partida mais nervosa. Membros das duas comissões técnicas iniciaram uma briga generalizada, e Eduardo Martini, goleiro xavante, acertou um soco em um profissional da equipe adversária. A polícia precisou entrar em ação e retirou o arqueiro do time gaúcho algemado de campo.

Mesmo após a confusão generalizada e o clima de guerra instaurado no estádio do Café, a arbitragem decidiu reiniciar a partida, mas o Londrina não conseguiu sair do empate por 2 a 2. O resultado classificou o Brasil de Pelotas para a final da Série D. O adversário do time gaúcho será conhecido neste domingo, quando o Tombense-MG, que venceu o primeiro jogo por 1 a 0, volta a encarar o Confiança-SE.

Brasil segura pressão e surpreende

Derrotado por 3 a 1 no primeiro jogo, o Londrina ainda acreditava na virada, e contava com o apoio de seu torcedor. Desta forma, não demorou a partir ao ataque e pressionou o Brasil de Pelotas desde os minutos iniciais. Aos 10min, Paulinho aproveitou o corte mal feito da zaga gaúcho, emendou a bomba e viu a bola passar muito perto do gol defendido por Eduardo Martini.

Responsável pela armação do Londrina, Celsinho tinha a bola nos pés em todos os ataques, buscando principalmente Bruno Batata. O centroavante, aliás, quase marcou aos 26min, mas seu chute tocou na zaga e correu pela linha de fundo. Na cobrança do tiro de canto, o time também ficou perto, Silvio desviou de cabeça, deixou o goleiro batido no lance, mas viu o defensor adversário afastar em cima da linha.

O gol parecia questão de tempo, e a boa atuação do Londrina reforçava a confiança do torcedor para uma eventual virada. O Brasil, no entanto, soube segurar a pressão e foi cirúrgico para aproveitar sua única chance. Aos 37min, David Ceará errou na saída de bola, o time gaúcho armou o contra-ataque e Nena apareceu na área para abrir o placar no estádio do Café.

Briga generalizada põe jogo de lado

O nervosismo do primeiro tempo pôde ser visto mesmo após o apito final. Na saída dos times, a Polícia Militar precisou fazer um cordão de isolamento para proteger os jogadores do Brasil de Pelotas. Os dois lados reclamavam bastante da arbitragem e a irritação se estendia às arquibancadas. A torcida deixava o clima ainda mais quente, porém recebeu uma ducha de água fria no primeiro lance do 2º tempo.

A zaga do Londrina não aprendeu com o que presenciou no primeiro tempo, e voltou a vacilar na saída de bola. Silvio tentou aplicar um chapéu sobre o adversário e sair jogando, mas acabou desarmado. Alex Amado recuperou e serviu Nena, que mais uma vez mostrou tranquilidade para colocar no fundo das redes e calar os torcedores do Londrina no estádio.

O clima ficou mais quente. A arbitragem, já questionada no primeiro tempo, tinha dificuldades para controlar os jogadores. Um torcedor, revoltado com o que via em campo, arremessou um rádio contra Márcio Hanh, atleta do Brasil que deixava o gramado para a entrada de Chicão. Madison, do Londrina, perdeu a cabeça, fez falta dura sobre o adversário e acabou expulso.

O cenário era ainda pior para os paranaenses, mas os donos da casa deixaram o final emocionante. Aos 20min, Diego Roque aproveitou cobrança de escanteio para descontar, enquanto Silvio, dois minutos mais tarde, se redimiu da falha na zaga e empatou a partida no estádio do Café. Depois disso, no entanto, as comissões técnicas iniciaram a confusão generalizada que deixou o jogo de lado.

A Polícia Militar precisou entrar em ação no estádio do Café e acabou levando o goleiro Eduardo Martini, do Brasil de Pelotas, algemado. Ainda assim, após o final das diversas brigas no gramado, a arbitragem decidiu reiniciar o duelo. O Londrina chegou a sonhar com a virada, mas foi o Brasil quem ainda desperdiçou um pênalti e fez com que permanecesse o empate por 2 a 2.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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