/images.terra.com/2015/05/20/corinthians.png "Logo do Corinthians")
Camisa "poluída" só paga Ronaldo e não ameniza dívidas
Os patrocínios que "poluíram" a camisa do Corinthians nas últimas semanas não têm como objetivo amenizar a dívida que já bate na casa dos R$ 103 milhões. Os acordos com o Banco Panamericano, pertencente ao Grupo Sílvio Santos, e a Bozzano servem apenas para complementar os vencimentos de Ronaldo.
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No entanto, a poluição visual na camisa do time parece não ser o maior dos problemas que o excesso de patrocinadores trouxe ¿ a iniciativa pode custar ao clube a perda de seu principal patrocinador: a Batavo, pertencente ao recém-fundado grupo Brasil Foods.
O contrato de Ronaldo já previa que 80% do valor de patrocínios de mangas, costas e calções seria do jogador. Com o Panamericano, o acordo é de R$ 6 milhões anuais - R$ 4,8 milhões para o camisa 9. Com a Hypermarcas, dona das marcas Bozzano e Avanço, o faturamento é de R$ 4 milhões: R$ 3,2 milhões para Ronaldo e R$ 800 mil para o Corinthians.
Por mês, o atacante fatura mais de R$ 1,1 milhão, somando-se patrocínios, salário e direitos de imagem. Enquanto isso, o clube levará R$ 20 milhões no ano todo, contando os R$ 18 milhões pagos pela Batavo.
"Estes patrocínios que vieram depois são mesmo para compor os ganhos do Ronaldo. Já era algo acordado em contrato e que está sendo cumprido. As dívidas não serão pagas com esses montantes", reconheceu o diretor financeiro do clube, Raul Correa da Silva.
A Batavo, porém, não está satisfeita em ter de repartir a camisa com uma série de outras marcas. Em contato com o Terra, porém, a assessoria da empresa disse que não haverá posição oficial até a próxima semana. O departamento de marketing, responsável por atrair os patrocinadores, também manteve o silêncio na última semana.
