Adriano vai do céu ao inferno no 2° jogo pelo Fla
Adriano sobe lentamente as escadas do vestiário visitante da Ilha do Retiro. Camisa 27 nas costas, é o último jogador do Flamengo a entrar em campo. Recebe as vaias da torcida pernambucana.
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É disputado por microfones em busca de uma palavra sobre o segundo jogo no retorno ao futebol brasileiro. Dá risada, parece estar pronto para repetir a dose da estréia, quando marcou de cabeça no Maracanã diante do Atlético-PR.
A bola rola. No primeiro lance, dá uma canelada e a maltrata, mandando para longe. Não se importa. Na segunda oportunidade, um toque de calcanhar para Leonardo Moura, que termina em gol de Emerson. 1 a 0 Fla.
A torcida faz a festa nas arquibancadas. "O Imperador voltou", cantam os flamenguistas. Adriano retribui acenando com as mãos. O Flamengo faz o segundo, de novo com Emerson.
Adriano quase não cruza a linha do meio-campo. Fica na "banheira", esperando o próximo contra-ataque. Volta apenas nos escanteios, e por duas vezes afasta o perigo da área de cabeça.
O jogo é dele, certo? Não é não.
Um certo Weldon resolve roubar a festa do atacante. E em oito minutos, marca três gols. O Sport abre 4 a 2, o Leão ruge na Ilha do Retiro. A fanática torcida pernambucana ovaciona a aposta do novo técnico Emerson Leão.
Adriano coloca as mãos na cabeça, parece não acreditar. Arruma o meião e pensa no que fazer. Não tem a resposta. No segundo tempo, espera em vão pelos cruzamentos dos companheiros, todos em tarde pouco inspirada.
Apito final. Adriano perde o jogo, mas não a esportiva. Abraça o zagueiro César, que o acompanhou por todos os lados durante os 90 minutos. No caminho para o vestiário, apenas uma entrevista. Os microfones, desta vez, buscam Weldon.
No vestiário, o técnico Cuca elogia a atuação do Imperador, que sai acompanhado por quatro seguranças e sem falar com ninguém. Domingo, Adriano tem nova chance de ser a estrela do Flamengo no Couto Pereira, contra o Coritiba. É esperar para ver.