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De cabeça quente, Cuca balança no comando do Flamengo

13 jun 2009 - 08h34
(atualizado às 09h06)
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A língua e os pensamentos de Cuca podem custar sua cabeça no cargo de técnico do Flamengo. Na terça-feira, depois da segunda falta de Adriano em uma semana, o treinador, longe dos microfones, disse que tinha que contar até 20 para não fazer besteira, ameaçou entregar o cargo - como sempre faz quando se sente acuado -, e disse que a bomba estouraria no seu colo, pois com a falta de punição ao atacante, a opinião pública acharia que o time estava sem comando.

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As conversas vieram à tona, não agradaram aos dirigentes e foi apenas mais uma das muitas perturbações que ele sofre nos bastidores do clube. Ao longo do dia de treinamentos, Cuca demonstrou desequilíbrio emocional com o assunto e destilou nervosismo, dando provas de que o jogo de amanhã, contra o Coritiba, no Couto Pereira, pode ser o seu último no comando do time.

Questionado sobre qual seria o "remédio" para aliviar o clima no clube, o treinador respondeu de forma ríspida:

"Remédio para quê? Eu não estou doente. Não vai mais ter falta nenhuma. O 'se' não joga. Isso é um absurdo. Eu não estou nervoso. Ponto final".

Antes, também diante das câmeras e microfones, Cuca tentou vender a imagem de que está tudo as mil maravilhas.

"Não tenho insatisfação. Tenho problema como todo mundo e vou buscar soluções. Conversei com o Adriano, não fiz crítica nem o desrespeitei. Aí o fotógrafo me pega de cabeça baixa e usam isso contra mim. Estou feliz, quero ajudar", disse Cuca, sem convencer.

Entre as críticas, Cuca questionou o excesso de peso de Adriano.

"Cada um interpreta de uma maneira. Falei apenas o meu sentimento para melhorar. Disse que o Adriano requer muito mais da força do que da habilidade, e que cinco quilos a mais pesam no rendimento dele. Isso não é crítica. Está se criando uma coisa muito grande e exagerada. Não estou insatisfeito com a diretoria, mas comigo mesmo. Tenho buscado sempre melhorar. O Adriano é imprescindível. Necessitamos apenas de um sincronismo maior", argumentou o treinador.

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Foto: Agência Lance
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