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Criador da "Baba de camelo", Brum quer cozinhar com Ana Maria

23 jun 2009 - 16h38
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Roberto Brum se diz uma pessoa caseira, de vida pacata. Logo, um de seus hábitos prediletos é a culinária. Quando jogou em Portugal, por Academica de Coimbra e Braga, aprendeu a fazer pratos especiais, os quais até convidou a reportagem do Terra para experimentar: o Bacalhau com batatas ao murro e sobremesa intitulada Baba de Camelo.

» Entrevista com Roberto Brum: parte 1

Roberto Brum ao seu melhor estilo: brincalhão e espontâneo
Roberto Brum ao seu melhor estilo: brincalhão e espontâneo
Foto: Samir Carvalho / Especial para Terra

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Brincalhão, ele comenta que quer ser convidado para o programa de Ana Maria Braga, na TV Globo. "Vou colocar a camisa do Santos no Louro José", diz antes de cair na gargalhada.

A vida tranquila e os bons hábitos têm rendido frutos para Roberto Brum, que surgiu nas categorias de base do Fluminense e apareceu nos profissionais para jogar a Série C, em 1999. Depois, marcou seu nome no Coritiba e nos dois clubes portugueses, até chegar ao Santos em 2008.

Confira a segunda parte da entrevista com Roberto Brum:

Terra - Desde quando você passou a ser evangélico?

Brum - Foi em 2002, no Coritiba. Eu não dava ouvidos, achava evangélico um povo chato.

Terra - Você era muito amigo do Roger nos juvenis do Fluminense. Aprontaram muito nessa época?

Brum - Aprontávamos muito (gargalhada). Nós fugíamos de concentração para ir para bagunça, arrumar namorada. Tem uma história muito boa, mas não posso contar, agora ele é casado (risos). Quando eu jogar no mesmo clube que ele, ponho aqui para dar entrevista coletiva e faço ele contar.

Nós éramos jovens, a gente tinha muitas namoradas. Nossa onda era essa. Não era usar droga, era arrumar namorada. Uma vez, chamei o Roger para ir até o carnaval em São Gonçalo, ele quase morreu (risos). Só tinha o bloco das piranhas, era pacato demais.

Terra - Além de vocês dois, quem mais fazia parte dessa turma?

Brum - Tinha o Marco Brito, atacante que jogou no Vasco também, o Bruno Reis, o Flávio, lateral direito que também esteve no Santos...

Terra - O Roger podia ter se tornado um jogador melhor?

Brum - Poderia, sim. Ele faz poucos treinamentos específicos, porque não precisa. Eu nunca vi um jogador com a habilidade dele, mas o futebol hoje exige muito físico. O pai dele, seu Aloísio, falava para mim, que se o Roger tivesse a disposição que eu tenho, ia ser o maior jogador do mundo. E eu respondia que se tivesse a habilidade do filho dele também (risos)...

Terra - Você não é mais nenhum garoto, mas tem o melhor condicionamento físico do clube. Como explicar isso?

Brum - Deus vai renovando, fazendo você melhorar. Lembro do César Sampaio, que começou a surpreender fisicamente depois dos 30 anos. O jogador maduro rende mais que um jogador mais verde. E aí o jogador mais verde, pelo físico, supera também a experiência. Faz o movimento errado, mas se recupera. O maduro vai cortando os caminhos e se você tem maturidade e força física, vai superar os outros.

No meu caso, é explicado por uma vida regrada. E hoje os clubes têm profissionais que incentivam o atleta e dão instrução. Tem hoje a fisiologia e é brincadeira o trabalho que o doutor Rogério, que faz um trabalho de hidratação com os atletas do Santos que nunca vi igual na carreira. Tá sempre com um copinho correndo atrás dos atletas (risos).

Aquele boleirão que anda de ponta de pé no shopping, de perna arcada, tá perdendo espaço hoje. Tenho oito horas de sono, não bebo, mas também não tenho nada contra quem bebe. Tem que chegar em campo e correr. Prefiro jogar com o cara que bebe e vai para a noite e corre em campo, do que com um santinho que não faz nada e não faz nada em campo também. Mas gosto de falar para ser exemplo pros mais jovens.

Terra - Foi muito duro jogar aquela Série C em 1999?

Brum - Demais. Outro dia, eu estava indo para Itaipava, no casamento do Roger, e era o mesmo caminho de Xerém (onde ficam as categorias de base do Fluminense). E eu falava para minha esposa: "valoriza cada real, quando você tiver no shopping, vendo aquela vitrine bonita, e pensa duas vezes antes de cobrar aquela bolsa da Guess" (risos). Foram seis anos indo todos os dias para Xerém e quando subi para os profissionais, encarei uma Série C de frente. Foram muitas lutas, mas tive muitas vitórias. Nada foi de mão beijada.

Terra - Os jogos eram muito violentos?

Brum - Hoje só jogo em tapete, mas tomei até pedrada, contra o Juventus. Teve outro jogo com confusão contra o Moto Clube, dureza. Uma vez, estávamos indo jogar e um carro caiu na Serra, numa ribanceira. Vi atletas apanharem. Vi mãe e pai de atleta apanharem. Do Jorge Luís, lateral esquerdo que jogou no Inter e em Portugal. Vi muita coisa brava.

Recebi homenagem, que foi quando plantaram um pé de laranjeira e me incluíram lá. Eles colocavam uma placa em cada laranjeira que plantaram, com os nomes dos jogadores: Branco, Rivellino, Roger, entre outros.

Aí depois fui mostrar a placa para o meu irmãozinho. Fui subindo a rua e quando fui vendo, minha placa não estava mais lá. Aí cheguei para o Betão, administrador do centro de treinamento, e perguntei: "Cadê minha placa?". E ele respondeu que quem colocou o clube na Justiça, perdeu a placa. Então fica sem placa (risos).

Terra - O Branco até "confiscou" a renda da final da Libertadores, você viu?

Brum - É, eu vi. Não deixou nada pra mim. (gargalhada).

Fonte: Terra
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