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Sem ingresso, torcida não fará festa no Fla-Flu
O torcedor mais atento reparou que no último jogo do Fluminense no Maracanã, contra o Grêmio, nenhuma torcida levou bateria, faixas ou bandeiras para incentivar o time.
O protesto é uma resposta ao presidente Roberto Horcades, que cancelou a distribuição de ingressos para as facções após a invasão de torcedores ao gramado das Laranjeiras, no último dia 26 de maio. Como a situação ainda está longe de ser resolvida, o lado do Fluminense tem tudo para estar menos colorido durante o Fla-Flu.
Antes dos acontecimentos recentes, que culminaram com agressões ao volante Diguinho, as facções recebiam cerca de dois mil ingressos para dividirem por jogo. Reuniões recentes entre os líderes das torcidas e Horcades visam a encontrar uma solução para a situação. Enquanto isso, nada de festa.
"Não queremos entrar de graça no estádio. Precisamos da ajuda do Fluminense para custear os gastos de um jogo, como deslocamento de material, reposição de couro dos instrumentos e bandeiras que se rasgam. Vendemos as entradas para os associados para arrecadar dinheiro. E quem ganha o ingresso tem o compromisso de ajudar", explicou Flávio Frajola, vice-presidente social da YoungFlu.
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Além do corte na distribuição de ingressos, a diretoria solicitou também o esvaziamento das salas de torcida existentes nas Laranjeiras até o próximo dia 30. Para a Força Flu, essa é a principal razão do protesto na arquibancada.
"No que depender da Força, não haverá mais festa. Nunca questionamos os ingressos. Podemos até pagar por eles. Mas nossas faixas, bandeiras e instrumentos são um patrimônio do clube. É muito difícil lidar com o Horcades. Despejar a torcida de sua própria casa é um absurdo e nossa posição é a de não aceitar isso", disse Marcelo Esteves, diretor financeiro da Força Flu.
Apesar de respeitar o protesto e por vezes até mesmo acatar o pedido de também não fazer festa em alguns jogos, o Movimento Popular Legião Tricolor, responsável pela idealização das principais festas desde o ano passado, não vai deixar o clássico passar em branco. Bateria, bandeiras, sinalizadores e talco deverão ser levados ao Maracanã. Mas nada com muito alarde.
