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Corintiano na infância, Jonas nega "culpa" por rebaixamento

12 jul 2009 - 08h31
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O grande "carrasco" do rebaixamento do Corinthians em 2007 é - acredite - corintiano. Autor do gol do Grêmio no empate por 1 a 1 no Olímpico, em 2 de dezembro de 2007, Jonas reencontra o Corinthians neste domingo, pela primeira vez desde a queda do time paulista. No entanto, se engana quem pensa que ele ficou feliz com a fama.

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"Pô, adivinha para qual time eu torcia na infância? Era corintiano! Dá para acreditar?", brincou Jonas, em entrevista ao Terra. "O pessoal da família ficou pegando no meu pé, brincando, mas a culpa não foi minha. Não foi só aquele jogo que decretou o rebaixamento", completou.

Residente em Taiúva, cidade próxima a Ribeirão Preto e a cerca de 360 quilômetros de São Paulo, Jonas é de família quase toda corintiana. Ele admite ter visto jogos do time no interior paulista, mas nunca foi ao Pacaembu ou ao Morumbi como torcedor. Agora, do lado do Grêmio, Jonas quer apenas se firmar novamente no time e retomar a boa fase.

Confira a íntegra da entrevista com Jonas:

Terra - Como você avalia esse momento no Grêmio? Você esteve perto de sair mesmo?

Jonas - Não, nunca pensei em sair. Eu vivo um bom momento, sou um dos artilheiros do time na temporada e isso me passa confiança dentro de campo. Então está sendo uma época boa para mim.

Terra - Quais as diferenças do Jonas de hoje para aquele de 2007, que decretou o rebaixamento do Corinthians?

Jonas - Hoje sou um jogador muito mais maduro. Aprendi bastante de lá para cá, principalmente com a minha passagem pela Portuguesa, clube no qual fiz grandes jogos. Pena que o time foi rebaixado no Campeonato Brasileiro, mas só tenho a agradecer a todos de lá, que me acolheram muito bem. Elenco, torcida, etc.

Terra - Falando um pouco mais de 2007. Aquele gol contra o Corinthians foi importante para a sua carreira?

Jonas - Foi um momento normal. O Corinthians brigava para não cair, e nós precisávamos vencer para ganhar uma vaga na Libertadores. Até por isso comemorei muito meu gol no início. Mas não digo que tenho orgulho, ou algo assim. Depois do jogo já viajei para a minha cidade, Taiúva, e passei férias por lá.

Terra - Como você vislumbra esse reencontro no domingo?

Jonas - É uma boa expectativa. O Corinthians hoje vive outro momento, tem o Ronaldo, é uma chance de vê-lo pessoalmente. Além disso tenho muitos amigos lá, como o Alessandro e o William, que não sei se vai jogar. Mas devo muito ao William quando vim para o Grêmio, em 2007. Ele, ao lado do Mano, sempre me ajudou muito.

Terra - Qual a importância do Mano na sua carreira?

Jonas - Ele me deu muita confiança. Quando cheguei no Grêmio ele me colocou para jogar e acreditou em mim. É um dos melhores treinadores do Brasil hoje, sem nenhuma dúvida.

Terra - Você é do interior de São Paulo. Torcia para algum time quando criança?

Jonas - Pô, adivinha? Era corintiano! Dá para acreditar? E era fanático mesmo, tinha várias camisas, até da Gaviões da Fiel. Minha família inteira é corintiana, então eu estava em casa praticamente. Já vi muitos jogos do Corinthians na região da minha cidade.

Terra - Que jogos você já viu? Chegou a ir ao Pacaembu ou Morumbi?

Jonas - Na capital nunca fui como torcedor, só joguei. Mas no interior já vi muitos jogos contra a Matonense, em Matão, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto. Eu era presença certa toda vez que o Corinthians jogava na região, meu pai sempre me levou ao estádio.

Terra - Então o pessoal pegou no seu pé na época do rebaixamento, não é?

Jonas - Brincaram um pouco, mas é normal. Quando fui para Taiúva o pessoal até falou: "justo você, Jonas, fazer o gol que rebaixou o Corinthians?". Eu sempre digo que não foi só aquele jogo. Teve um antes, contra o Vasco, que se eles vencessem já se livravam do perigo. Foi uma pena a queda.

Terra - Os familiares sempre pedem camisas do Corinthians?

Jonas - Sempre, toda vez que eu jogo contra pego uma e dou para algum parente. Mas tem uma que é especial e guardo para mim. É do Jean, goleiro que jogou comigo no Guarani e teve uma passagem pelo Corinthians. Esse cara me ajudou demais no início de carreira, por isso guardo essa com carinho.

Terra - Falando em Guarani, você está feliz com a boa fase do time na Série B?

Jonas - Feliz demais. Eu sempre acompanho os jogos, sem brincadeira. Sempre entro na internet, assisto quando passa na TV. É muito bom ver o Guarani brigando por títulos de novo, espero que consiga o retorno à Série A. Seria algo maravilhoso, inclusive para a cidade de Campinas, que sempre teve força no futebol.

Terra - E como anda seu joelho esquerdo, operado na época do Santos? Foi o pior momento da sua carreira?

Jonas - Certamente, foi um momento muito difícil não só na carreira, mas na minha vida. Quatro, cinco meses de fisioterapia, aquela angústia de querer voltar logo. Mas operei com o Joaquim Grava, que coincidentemente está no Corinthians hoje, e foi tudo bem. Só tenho a agradecer a ele. Meu joelhão hoje está firme e forte, 100%, e encara qualquer parada.

Terra - Inclusive a defesa que muitos consideram a melhor do Brasil?

Jonas - Sim, estou pronto. O Chicão e o William são dois grandes zagueiros, formam uma das melhores duplas do Brasil. Mas tem muita gente boa por aí, inclusive no Grêmio. Nossos zagueiros também vão dar trabalho aos atacantes deles.

Jonas comemora boa fase no Grêmio e admite "corintianismo" na infância
Jonas comemora boa fase no Grêmio e admite "corintianismo" na infância
Foto: Edu Andrade / Futura Press
Fonte: Terra
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