Líder, Inter usa receita dos retranqueiros para fazer gols
Seis ou sete jogadores marcando, três ou quatro atacando. Normalmente é assim que se posiciona em campo o conservador Internacional de Tite, líder do Campeonato Brasileiro, ao menos até o Atlético-MG entrar em campo nesta noite para enfrentar o São Paulo. E a forma de chegar ao gol é a mais tradicional de equipes pouco ofensivas: contra-ataque e bola aérea.
» Taison se mostra feliz com fim da seca de gols
» Tite avisa que Libertadores é objetivo
» Inter leva susto, mas vence Fluminense
Dos 18 gols marcados até aqui no Campeonato Brasileiro, o Internacional fez 10 em contra-ataques, sempre retomando a posse de bola e partindo em velocidade ao gol. Foi assim com Andrezinho e Taison, em dois dos gols marcados contra o Fluminense na última quarta.
Na vitória contra o Coritiba, no dia 28 de julho, foi ainda mais evidente: os três gols, todos marcados por Bolaños, saíram em contragolpes.
Apesar de ter um dos times com mais jogadores técnicos do país, o Internacional se mantém refém de uma mentalidade de jogo conservadora, em que é essencial ter nove ou dez jogadores atrás da linha da bola, prontos para retomá-la e partir em velocidade, mas pouco focados em manter a posse e trocar passes para encontrar os espaços.
Também com defensores fortes e altos, o Inter é sinônimo de eficiência nas bolas aéreas. Foram quatro gols marcados pelo alto, como fez Sorondo também contra o Flu na última jornada. Magrão, Nilmar e Alecsandro foram outros a marcar dessa forma.
Pesa a favor, nesse sentido, ter Andrezinho em grande forma. O meia participou das jogadas de três dos quatro gols marcados na bola aérea, ainda que não seja titular absoluto sob o comando do técnico Tite.