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Luxemburgo dribla assunto Muricy e admite futuro político

20 jul 2009 - 14h54
(atualizado às 16h32)
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A quarta apresentação em um mesmo lugar não poderia ser diferente. Diante de velhos conhecidos da imprensa local e da diretoria santista, o técnico Vanderlei Luxemburgo demonstrou bom humor, respondeu às perguntas mais agudas com serenidade e evitou entrar em polêmica por ter sido contratado somente depois da recusa de Muricy Ramalho em assumir o Santos. Até sobre política o treinador falou.

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"No futebol não existe apenas uma pessoa. É normal conversar com mais de uma pessoa. Isso é negociação. Não tem nenhum problema. Fico feliz que o Marcelo tenha apostado na minha capacidade, na minha história no clube", disse Luxemburgo, que contou ter iniciado as conversas com o clube dois dias depois da saída de Vagner Mancini, na última segunda-feira.

Esta será a quarta passagem de Luxemburgo pelo Santos. A velha relação com o clube pôde ser notada já no discurso inicial do presidente Marcelo Teixeira, que se dirigiu ao treinador como amigo por diversas vezes.

Normalmente as apresentações do time ocorrem na Vila Belmiro. Luxemburgo deu a sua primeira entrevista, com duração de 45 minutos, no auditório no Hotel Recanto dos Alvinegros e mostrou intimidade logo ao entrar no espaço, chamando repórter de "careca" e fazendo gracejos com seus velhos conhecidos.

Luxemburgo sentiu-se confortável até para falar sobre um possível futuro político. Depois de uma longa risada com a pergunta se o contrato de apenas seis meses seria apenas uma "preparação" para a nova carreira, disse que não descarta nada na vida.

Luxemburgo passou parte das "férias" em Tocantins. Um dos motivos da viagem seria uma negociação para se candidatar a senador pelo Estado nas próximas eleições.

"Eu continuo homem do futebol. Isso de senado não existe. Mas a gente vai ficando velho e as coisas vão acontecendo. Eu tenho muita lenha para queimar, mas eu não descarto nada na vida", disse, enigmático, sem antecipar quando estreará na outra atividade.

Porém, mostrou que o discurso de político está afiado. "As pessoas ficam falando em São Paulo, São Paulo, São Paulo. Mas as pessoas têm que conhecer outros lugares do Brasil. Tocantins é um lugar maravilhoso, ótimo para passar as férias", disse, como se estivesse em uma mesa de bar.

"Quando o Teixeira me ligou, eu estava pescando lá na Argentina. Vi aquele monte de zero no celular e achei que era da imprensa", continuou, sempre em tom leve, confortável em voltar a um lugar conhecido. "Já revi alguns amigos no CT, mas ainda não tive tempo de andar pela cidade".

Luxemburgo ainda evitou comentar sobre o trabalho de seu antecessor. Mas defendeu Fábio Costa das críticas feitas por Mancini, que em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo apontou privilégios ao goleiro no clube.

"Não tem privilégio. O Fábio conquistou direitos. Ele tem uma história no clube. Lá na Europa isso é normal. Privilégio é não cumprir com as obrigações, faltar em treinamentos...", afirmou, sem perder a pose mesmo quando questionado se voltava em baixa ao clube.

"Eu fui campeão paulista com o Palmeiras depois de 12 anos sem o clube ganhar, depois classifiquei para Libertadores. Daí no começo do ano eu falei que o Palmeiras não estava preparado para ganhar a Libertadores, mas estava pronto para ser campeão brasileiro. As pessoas esquecem disso".

"Em casa", Luxemburgo demonstra bom humor para falar de assuntos como política
"Em casa", Luxemburgo demonstra bom humor para falar de assuntos como política
Foto: Gazeta Press
Fonte: Terra
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