Defesa do Palmeiras comemora: "a bola nem chega mais"

3 ago 2009 - 20h18

Foi-se o tempo em que a defesa do Palmeiras causava calafrios nos torcedores a cada ataque, especialmente nas bolas aéreas. Durante o Campeonato Brasileiro de 2009, o setor se consolidou nas mãos do interino Jorginho e do recém contratado Muricy Ramalho e, com a melhor média defensiva da competição, os jogadores já comemoram.

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"Temos que dar graças a Deus porque o grupo todo está se esforçando. Temos a humildade de fazer a marcação, e aí a bola chega menos. Estava até brincando com o Marcão sobre isso: a bola nem chega mais", disse o zagueiro Maurício Ramos, aos risos. "Tudo porque, desde o Obina lá na frente, todos estão marcando", complementou.

Em 16 jogos, o Palmeiras foi vazado apenas 14 vezes - média de 0,8 por jogo. Há três partidas o time não leva gols, o que evidencia o bom momento, do qual o volante Edmílson faz parte. "Nos últimos jogos, o Marcos tem sido pouco exigido. Até brincamos com ele, dizendo que o São Marcos está descansado", se diverte o jogador.

A formação da defesa em relação ao caótico ano de 2008 também mudou. Maurício Ramos e Danilo se firmaram como dupla titular e contribuíram para o fim do "caos aéreo" - com 1,86 e 1,84, respectivamente, levaram apenas um gol pelo alto neste Brasileirão (contra o Atlético-PR). Armero assumiu a posição pela esquerda, enquanto Wendel resolveu o problema da direita.

Na cabeça de área, Pierre seguiu com seu alto desempenho, ganhando a companhia de Edmílson, recuperado. Nem mesmo a alteração do esquema tático, de dois para três zagueiros com a entrada de Marcão, desequilibrou o setor defensivo. As mudanças são herança da passagem de Vanderlei Luxemburgo pelo comando da equipe.

"Se o time está bem assim, é pelo conjunto. Jogamos com três e com dois zagueiros desde que o Luxemburgo era treinador, então estamos bem adaptados. Todos sabem fazer a função, desde a defesa aos alas e volantes", garantiu Edmílson. "A cobrança e o entrosamento entre todos melhorou. Todo mundo está ajudando", complementou Maurício Ramos.