PUBLICIDADE
Logo do Atlético-MG

Atlético-MG

Favoritar Time

Defensores de Tardelli, Leão e Mílton Cruz celebram Seleção

4 ago 2009 - 16h11
(atualizado às 16h27)
Compartilhar

Na conturbada trajetória que teve em uma boa parte de sua carreira como profissional, Diego Tardelli encontrou poucas pessoas dispostas a lhe dar uma segunda - ou terceira, quarta e quinta - oportunidade. Dois dos comandantes que teve, no entanto, sempre acreditaram em seu potencial e recuperação, certamente ficando feliz com a convocação do pupilo para a Seleção Brasileira.

» Conheça o avô de Diego Tardelli

» Veja fotos da carreira de Diego Tardelli

» Avô de Tardelli conta estripulias e confirma paixão corintiana

» Veja cinco confusões de Diego Tardelli

» Receba os gols do seu time pelo celular

Mílton Cruz e Emerson Leão são dois dos grandes incentivadores na carreira de Diego Tardelli, maior artilheiro no futebol do Brasil em 2009, com 29 gols. O primeiro, membro fixo da comissão técnica são-paulina há vários anos, cansou de pedir a Cuca, Paulo Autuori e Muricy Ramalho, para que dessem novas oportunidades para o atacante. Já Leão, o levou para São Caetano e Atlético-MG, além de dirigí-lo no clube do Morumbi. E não foi só.

Os primeiros gols e problemas

"Já fui criticado por muitos presidentes pra quem eu o indiquei e falaram que eu era louco. Hoje, certamente todos eles querem contratá-lo", critica Emerson Leão, em contato com o Terra. "O responsável é sempre o próprio atleta, mas me sinto gratificado de ter acertado mais uma vez", diz Leão, que foi incentivador da ida de Diego Tardelli ao Atlético-MG.

"O Leão tem o jeito dele de levar o Tardelli. Dá moral, incentiva, paparica, o que outros treinadores nem sempre fazem", observa Mílton Cruz, responsável por promovê-lo aos profissionais do São Paulo, quando comandava a equipe ao lado do chileno Roberto Rojas.

Mílton Cruz viu Tardelli aparecer bem em 2003, com ótimas participações vindo do banco de reservas e sendo até chamado de sósia de Luís Fabiano. Na temporada seguinte, começou a colecionar atrasos a treinamentos e outros episódios que tiravam Cuca do sério.

"Ele não tinha muita paciência com o Diego, não. Como a gente estava do lado, dava uma segurada. Às vezes, o treinador não é do clube há muito tempo, então a gente protege o jogador, pede calma, vê se consegue melhorá-lo", observa Mílton.

Com a chegada de Emerson Leão na sequência, Tardelli ganhou espaço e viveu seu melhor momento no clube, sendo vice-artilheiro e campeão do Paulista em 2005, além de vencer a Libertadores marcando gols importantes. "Sempre procurei apoiá-lo, porque você tem que acreditar quando está na fase ruim", pondera Leão, que se deu bem com o atacante.

"Comigo, ele nunca faltou em treino, nunca fez nada. É preciso jogo de cintura. Entendo ele, a cabeça dele, e hoje ele é mais adulto que pessoas de 40 anos. E ele já foi tudo, desde ser mandado embora até ser prestigiado", compara Leão, que deu um recado a Tardelli quando deixou o Atlético-MG, há cerca de três meses. "Disse a ele que não deixassem falar que ele só joga comigo".

Carinho para Diego Tardelli

Mílton Cruz também defende um tratamento especial para Diego. "O que ele fazia era coisa de garoto empolgado e agora amadureceu. Ele tem potencial e é um menino de bom coração, mas é jogador que precisa de carinho. A gente dava um pouco, outras pessoas não tinham paciência, e ele gosta muito de mim. Tentava ver o lado dele, mas quem manda é o treinador e você às vezes não controla uma situação", confessa o auxiliar.

Depois de Leão deixar o São Paulo para trabalhar no futebol japonês, os problemas voltaram. Diego Tardelli teve sérios atritos com Paulo Autuori, que abriu mão dele na delegação que disputou o Mundial de Clubes no Japão. Entre idas e vindas, o jogador passou sem alarde por Betis, São Caetano e PSV Eindhoven. Voltou ao Morumbi em 2007 e ajudou na campanha do bi brasileiro - mas não convenceu fora de campo.

"Muita gente no clube não queria. Mas aí ele conversou comigo, o Souza (hoje no Grêmio) também falou comigo, para dar oportunidades. Conversei com o Muricy, com o seu Juvenal (presidente) e ele estava mais tranquilo. Só que cometeu alguns deslizes. E como já tinha um histórico, foi embora", recorda Mílton.

Em 2008, negociado em definitivo com o Flamengo, foi um dos heróis do bicampeonato carioca, mas depois perdeu toda a temporada por uma séria lesão no braço. No Atlético-MG, enfim está em paz. Com 29 gols em 2009, a Seleção Brasileira é uma justa recompensa - também para Leão e Mílton Cruz.

Leão conversa com Tardelli: ficou marcado como um dos principais defensores do jogador
Leão conversa com Tardelli: ficou marcado como um dos principais defensores do jogador
Foto: Gazeta Press
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade