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Roth e Muricy voltam a viver clima de decisão no Mineirão

12 ago 2009 - 09h10
(atualizado às 10h58)
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Os dois treinadores que levaram Grêmio e São Paulo a decidirem o Campeonato Brasileiro de 2008 na última rodada protagonizam a primeira "final" da edição deste ano. Agora à frente de Atlético-MG e Palmeiras, respectivamente, Celso Roth e Muricy Ramalho comandam seus times às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira em um duelo no Mineirão que pode valer o simbólico título do primeiro turno.

Líder, o Palmeiras, em caso de vitória em Minas, só não garante o posto de melhor campanha da primeira metade da competição porque o Internacional ainda tem três jogos a serem disputados, um deles contra o Atlético-MG. Os gaúchos estão em quarto lugar com 30 pontos.

Uma derrota, mesmo na penúltima rodada do turno, tira dos alvinegros, primeiros colocados em oito das 17 rodadas disputadas, as chances de encerrar a parte inicial do torneio na ponta da tabela. E ainda ratificaria uma certa freguesia de seu treinador em relação ao ex-comandante do São Paulo. Celso Roth e Muricy Ramalho têm se enfrentado em decisões pelo Campeonato Brasileiro desde 2007, e a taça sempre ficou com Muricy.

Há dois anos, Roth estava à frente de um Vasco em ascensão que parou no São Paulo de Muricy ao perder por 2 a 0 no Morumbi. No segundo turno, os cariocas, então invictos em São Januário, voltaram a ter uma derrota por 2 a 0 e trocaram a briga por uma vaga na Libertadores pela luta para não ser rebaixado, enquanto os são-paulinos celebraram meses depois o bicampeonato nacional.

Em 2008, no confronto direto, o técnico gaúcho se deu melhor quando já chefiava o Grêmio. Logo na primeira rodada, aplicou 1 a 0 no Morumbi diante de um time misto dos donos da casa. No início do segundo turno, o placar se repetiu no Olímpico. Muricy, porém, não perdeu mais depois daquele jogo e tirou uma vantagem de 11 pontos em relação a Roth para ser tricampeão na última rodada.

Na sequência de encontros entre ambos, está até a certidão de nascimento. Os dois fazem aniversário em um 30 de novembro, com a diferença de que Muricy nasceu em 1955 e Roth é de 1957. Todos estes detalhes, entretanto, devem ser esquecidos em campo. Durante toda a preparação para o confronto desta quarta-feira, técnicos e jogadores só falaram do aspecto decisivo do confronto.

Sem querer contar vantagem com as vitórias pessoais sobre o atual treinador do Atlético-MG, Muricy convenceu seus atletas de que só conquistou três Brasileiros consecutivos com o São Paulo porque encarou todos os compromissos como uma final. E este em Minas Gerais vale ainda mais por ser contra um rival direto na parte de cima da classificação.

"Desde que chegou, Muricy vem frisando que todo jogo é uma decisão, e estamos encarando este jogo desta forma. É um jogo de seis pontos porque o Atlético-MG está bem atrás da gente. Com uma vitória, podemos nos distanciar um pouco deles e terminar o primeiro turno como líder", apontou Cleiton Xavier, lembrando que o adversário está em terceiro lugar com 31 pontos, um abaixo do vice-líder Goiás.

Para um confronto tão esperado, o Palmeiras joga com dois desfalques: Edmilson, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Armero, que serve a seleção colombiana. Muricy aproveita as ausências para fechar mais a equipe. Da escalação que empatou com o Grêmio na última rodada, também sai Ortigoza. Assim, o meio-campo terá Pierre, Sandro Silva e Souza como marcadores, com Marcão na lateral esquerda.

Com esta formação, a ordem é prender a bola e segurar o ímpeto da torcida mineira. "Vai estar todo mundo assistindo, a torcida deles vai estar apoiando a todo o momento, mas hoje a equipe do Palmeiras amadureceu bastante. Vamos para fazer um grande espetáculo e, se Deus quiser, ter um bom resultado", estimou Maurício Ramos. "A história do Palmeiras é, independentemente de onde for, sempre jogar para vencer. É um jogo difícil, sabemos da força do Atlético, mas vamos para os três pontos", completou Cleiton Xavier.

A partida também é vista como uma espécie de final do turno em Belo Horizonte. A venda antecipada foi muito boa e a expectativa é de que haja cerca de 50 mil pagantes no Mineirão. E a expectativa não está apenas entre os torcedores.

Há dez dias, o Atlético-MG espera por esta partida. O último compromisso do time foi no dia 2 de agosto, vitória por 3 a 2 sobre o Coritiba. Na rodada passada, a equipe mineira deveria ter enfrentado o Internacional, mas o jogo foi adiado por causa da participação colorada na Copa Suruga.

Por isto, o time alvinegro pôde concentrar-se com calma para enfrentar o Palmeiras. A pausa foi analisada por pontos de vista diferentes na Cidade do Galo. O técnico Celso Roth chegou a reclamar pela quebra no ritmo, mas todos reconheceram que os jogadores precisavam descansar e este era um bom momento.

De toda forma, houve contusões que atrapalham o treinador a montar o time. Na semana passada, ele perdeu o goleiro Aranha, o volante Márcio Araújo e o meia Evandro, todos com lesões musculares. Para piorar, Diego Tardelli, o destaque do time, está na Estônia com a seleção brasileira.

"Temos desfalques importantes, mas é a hora de mostrar a força do nosso grupo. Temos a chance de ficar a apenas um ponto do líder, com um jogo a menos, em situação muito boa. Por isso, vamos mostrar a mesma determinação dos outros jogos, para conquistar os três pontos", garantiu o zagueiro Alex Bruno.

Alex Bruno deve ser uma das novidades do Galo nesta partida. O técnico Celso Roth deve passar o esquema para o 3-5-2, com Renan Oliveira, que vinha entrando como meia, atuando ao lado de Éder Luís no ataque. Sob as traves, Bruno, de 21 anos, assume a responsabilidade de substituir Aranha.

Fonte: Gazeta Press
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