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Andrade vê Fla com melhor chance de título desde 92

10 nov 2009 - 07h54
(atualizado às 08h10)
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Depois da expressa vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, Andrade aproveitou o dia de folga na segunda para ir a uma churrascaria com os amigos e o preparador de goleiros Roberto Barbosa. Depois de roer o osso como interino, chegou a hora de comer o filé e a picanha. Mineiro, o treinador brinca e diz que "prefere comer pelas beiradas, devagarzinho". Mas, ao falar sério, Andrade lembra que desde 1992, o time rubro-negro, atual terceiro colocado a apenas dois pontos do líder São Paulo, não tinha chances reais de conquistar o título, como acontece agora.

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Em entrevista, Andrade comenta alguns dos segredos do sucesso para lutar por um título que o clube não conquista há 17 anos: manter o foco, trabalhar forte, descansar nessa reta decisiva, ausência de vaidades no grupo, a importância de Adriano e Petkovic. Apesar do bom momento, o jogo de domingo, contra o Náutico, no Recife, inspira cuidados. O técnico adiantou que usará a derrota por 2 a 0 diante do Barueri como alerta para que não aconteça novo tropeço e o time rubro-negro não desça do céu para o inferno.

O Dia: O time está em um grande momento, a dois pontos do líder, e você faz questão de frisar que a luta é pela vaga no G-4. Mas a possibilidade do título é real, como você analisa a situação do Flamengo no Brasileiro?

Andrade: Desde 1992, quando o clube conquistou seu último Brasileiro, nunca a possibilidade de título foi tão real como agora. Podemos e devemos pensar na conquista, mas com cuidado, pois a disputa está muito acirrada, existe equilíbrio entre os times que brigam na parte de cima da tabela. Mas uma derrota pode nos colocar fora do G-4, ficamos entre o céu e o inferno.

O Dia: O que se torna mais importante num momento decisivo como esse, nas quatro rodadas até o fim do campeonato?

Andrade: Não podemos perder o foco, temos que trabalhar forte, como fizemos até agora. Será preciso muita concentração para o jogo contra o Náutico. Além disso, os jogadores devem estar cientes de que devem se cuidar durante a semana, pois é difícil manter a performance das boas atuações que tivemos. Trabalhar nos treinos e descansar, esses são os segredos. É preciso cuidado nesse momento.

O Dia: A derrota por 2 a 0 para o Barueri serve de alerta para o jogo contra o Náutico no domingo?

Andrade: Com certeza. Vou usar esse jogo como exemplo para os jogadores durante a semana para evitar surpresas desagradáveis e um novo tropeço contra o Náutico, que não sabe o que busca no campeonato. Com isso, o time deles não tem o que perder e a partida interessará a clubes como São Paulo, Atlético-MG, Palmeiras. É preciso estar atento a todos esse fatores, eles podem vir como franco-atiradores.

O Dia: Os desfalques de Juan (suspenso) e Maldonado e Fierro (que estarão com a seleção chilena) são motivos a mais de preocupação com a partida decisiva?

Andrade: Lógico que existe a preocupação, ainda mais na lateral esquerda. Quando não tínhamos o Juan, o Everton era o substituto, mas ele fraturou o pé, perdemos a opção. O Jorbison é muito garoto, acho que é complicado usá-lo num momento delicado como esse. A improvisação do Everton Silva seria uma das soluções. O Maldonado também fará falta, pois encaixou bem no time. Acredito que o Toró poderá fazer bem essa função. Vamos ver todas essas situações ao longo da semana.

O Dia: Qual a maior virtude do Flamengo nesse Campeonato Brasileiro?

Andrade: Cada jogador tem consciência da sua importância dentro do grupo. Eles também têm noção da importância de conseguir uma vaga na Libertadores e lutar pelo título. Quando surge algum problema, sempre é pequeno e logo resolvido. Além disso, temos um time titular definido, isso faz com que os titulares tenham mais confiança e os suplentes saibam que quando precisarmos deles eles poderão corresponder.

O Dia: No futebol, é corriqueiro num time que começa a despontar que apareçam problemas de relacionamento. Ao contrário de outras épocas, é possível perceber no elenco do Flamengo a ausência de vaidade?

Andrade: No grupo atual do Flamengo não existe vaidade nem problemas de relacionamento. Todos têm seu papel no grupo, sabem o que o Adriano representa, assim como o Pet. Com os jogadores sabendo de sua capacidades, todos participam e agem em favor do grupo. Hoje, posso dizer que temos um grupo fechado e disposto a chegar longe nesse Brasileiro.

O Dia: E qual a importância de Adriano e Petkovic?

Andrade: São jogadores de nível técnico, que vêm decidindo os jogos e servem como referência, mas nada funcionaria se o time todo não corresse junto. É importante enaltecer o trabalho do grupo como um todo.

O Dia: Como foi o dia seguinte à vitória sobre o Atlético-MG

Andrade: Tranquilo, como é meu jeito de ser, afinal sou um bom mineiro. Almocei na companhia de amigos numa churrascaria e resolvi alguns problemas particulares na parte da tarde. Gosto de ir assim, devagarzinho, quieto e comendo pelas beiradas (risos).

Andrade admite possibilidade real de título
Andrade admite possibilidade real de título
Foto: Felipe Dana/Foto Arena / Gazeta Press
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