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Adílson Batista chega para ser o "novo Mano" no Corinthians

27 jul 2010 - 11h48
(atualizado às 12h17)
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Dassler Marques
Direto de São Paulo

Adílson Batista foi apresentado oficialmente nesta terça-feira pelo Corinthians respaldado por uma decisão unânime da diretoria de futebol: era o mais preparado para suceder Mano Menezes, que deixou o clube no domingo para assumir a Seleção Brasileira. Para um trabalho de longo prazo, como o de seu antecessor, também ganhou um contrato de grande duração que vai até dezembro de 2011.

"Ele foi um jogador vencedor e é um técnico vencedor. Quando ficamos sabendo que íamos precisar trocar de treinador, o nome de Adílson foi unanimidade. No direito, chamamos de VU: votação unânime. Ele preenche todos os requisitos, dentro do novo perfil da nova filosofia, do departamento de futebol do Corinthians", disse Mário Gobbi, vice de futebol, desejando equilíbrio e discernimento ao novo contratado.

Adílson Batista, no Cruzeiro, e Mano Menezes, no Corinthians, eram os dois treinadores com mais tempo de cargo no futebol brasileiro até o meio do ano. Falando sobre seu trabalho de longo prazo em Minas Gerais, Adílson lembrou do respaldo que teve para conseguir 2 anos e 5 meses como técnico cruzeirense.

"Não é que tenho vocação para longo prazo. Futebol é resultado, convicção, planejamento. O clube tem que te dar respaldo. Só tenho que agradecer ao Cruzeiro, a retaguarda que tive foi importante. A qualidade dos jogadores, a quem gostaria de agradecer. Dava gosto de vê-los jogar futebol. Se estou aqui é em função do que fizemos lá. Achei que era o momento de deixar o clube. Cada um tem sua maneira de trabalhar, há uma série de fatores que fazem você ficar no clube por muito tempo", afirmou.

Ao longo da última semana, foi especulado que, antes mesmo de Mano Menezes ser convidado para a Seleção, Adílson Batista já havia conversado com o Corinthians. Em sua apresentação, ele negou o diálogo e reforçou que tudo foi feito no sábado, dia em que, à noite, foi anunciado oficialmente.

"Conversei com o seu Mário (Gobbi, vice de futebol) desde o sábado por volta das 2 horas da tarde e recebi uma ligação. Precisava conversar com alguns profissionais. Às 10h, 10h30, liguei de volta e concordei", explicou. Entre os telefonemas, Adílson falou com Muricy Ramalho e Mano Menezes.

O novo treinador do Corinthians também já jogou no clube: em 2000, foi zagueiro campeão mundial de clubes e também disputou as semifinais da Copa Libertadores. Na volta ao Parque São Jorge após uma década, disse ver as coisas melhores: "É satisfação voltar. É um clube que tenho respeito. Sei da grandeza, dos objetivos. Agradeço aos profissionais dos clubes onde passei até estar aqui hoje, mesmo jovem", afirmou. "Voltei e vi um clube melhor, é bom ter espaço. Ali dentro (no campo) é reflexo disso", lembrou.

Adílson, que assume o trabalho na liderança do Campeonato Brasileiro, se disse satisfeito pela condição de, ao contrário do que vivenciou em outros momentos, receber um clube em boa fase. "Tivemos que tirar Grêmio, Paysandu e Figueirense do rebaixamento e conseguimos. É importante começar assim, a gente espera manter a média. É melhor do que trabalhar lá embaixo e poucos profissionais conseguem isso".

A respeito da questão jurídica, já que move ação trabalhista contra o clube que defendeu em 2000, Adílson disse que será resolvido com tranquilidade - uma palavra que ele repete exaustivamente. "Isso será resolvido, vamos conversar. Independente disso, fui contratado em função do que venho fazendo como treinador", lembrou o técnico.

Fonte: Terra
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