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Terra na Copa

Corinthians nega problemas em estádio e inflação de receitas

1 set 2010 - 15h52
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Dassler Marques
Direto de São Paulo

O anúncio de que o Corinthians construiria seu estádio em Itaquera deu início a uma série de dúvidas e preocupações, dado o otimismo de algumas projeções, a rapidez com que foi aceito pela CBF e Fifa como o estádio da Copa de 2014 e o baixo custo em comparação com outras arenas de porte similar.

Abaixo, o Terra expõe algumas dessas questões acompanhadas das explicações, todas dadas nesta terça-feira, pelos envolvidos no projeto do estádio do Corinthians em Itaquera.

Naming rights e lucro com o novo estádio

O Corinthians projeta vender as propriedades de nome de seu estádio por cerca de R$ 30 milhões por ano, valor pelo qual jamais foi negociado o mesmo direito em nenhuma outra arena esportiva em todo o planeta. Se essa conta não fechar, cabe ao clube honrar os empréstimos adquiridos por uma empreiteira junto ao BNDES. Além disso, os corintianos dizem querer arrecadar R$ 100 milhões por temporada a partir de sua nova casa.

Luis Paulo Rosemberg, vice de marketing - "Nem cristo é capaz de dizer quanto vale o naming right do Corinthians. Quem diria que nossa camisa ia valer mais que a do Milan? Vai depender do charme do estádio e do momento do clube.

"Pega um estádio virgem, que vai nascer com essa modernidade. É outro jogo. Por isso temos muita esperança (de conseguir os R$ 35 milhões pelos naming rights). É ambicioso demais? Sem dúvida. Vou precisar de um sheik para pagar isso".

"Uma empresa de primeiro mundo fez projeção e levantou até 150 itens que nos fará chegar em R$ 100 milhões ou até mais. Teremos restaurantes, lojas, estacionamentos, camarotes. Camarote é um dinheiro que cai do céu".

Duto no meio do terreno

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um duto de combustíveis da Petrobrás atravessa o terreno onde será construído o estádio do Corinthians. A tubulação, inclusive, estaria sob o espaço onde ficaria uma das arquibancadas. A Odebrecht, empreiteira responsável pela construção, nega isso.

Carlos Paschoal, superintendente da Obebrecht em São Paulo - "O tema foi identificado já há algum tempo. Fizemos contato com a Petrobrás e não há maiores dificuldades por dois motivos: está na área do estacionamento e sofrem revisões e manutenções periódicas".

Estádio barato

Entre todos os projetos para a Copa de 2014, o estádio do Corinthians é o terceiro mais barato, atrás apenas do Beira-Rio e Arena da Baixada, cujas reformas não são profundas. O orçamento de R$ 335 milhões está distante do que tem sido gasto em obras semelhantes por todo o mundo. O Corinthians nega um possível acréscimo no valor previsto, bem como a Odebrecht. A empreiteira foi responsável pela construção do Engenhão, cujo valor final foi seis vezes mais caro que o projetado inicialmente.

Rosemberg - "O risco é zero, pois quando entrarmos com um financiamento, terei um contrato com a Odebrecht afirmando que eles irão me entregar por aquele preço, além de ter uma seguradora que vai pagar caso isso (aumento das previsões) aconteça".

Carlos Paschoal - "São momentos diferentes e realidades diferentes. O estádio do Corinthians não foi projetado para a Copa, o que faz muita diferença".

Rosenberg nega possibilidade de estádio custar acima do previsto
Rosenberg nega possibilidade de estádio custar acima do previsto
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Terra
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