Ex-presidente diz que Santos lhe deve cerca de R$ 30 milhões
Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos, afirmou nesta terça-feira, em entrevista ao Terra, que investiu entre R$ 27 milhões e R$ 30 milhões no clube alvinegro, com recursos próprios, durante sua gestão. O ex-dirigente deixou o posto no fim de 2009, após perder eleições internas para Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, atual mandatário. Teixeira disse que ainda não houve um acordo para que a dívida seja quitada, mas ressaltou que não pretende prejudicar o clube em nenhum momento na busca por reaver o montante.
"Não estamos preocupados com isso. O mais importante é a consciência de que fizermos o melhor para o Santos", afirmou o ex-presidente. "A gente espera que haja a responsabilidade no sentido de (o clube) honrar suas obrigações. Não estamos pressionando. Esperamos apenas que haja uma atenção, para que a gente consiga entrar num entendimento", acrescentou Teixeira. Segundo ele, o planejamento do Santos não pode ser prejudicado com a questão.
O ex-dirigente também falou sobre o time treinado por Dorival Júnior. Em sua visão, a saída de alguns jogadores do elenco campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista já se mostrava preocupante antes mesmo de concretizada. Para ele, as negociações de André e Wesley não foram tão vantajosas como poderiam ter sido caso os atletas permanecessem por mais tempo no clube alvinegro.
"Eu acho que nós devíamos ter feito um esforço maior para a manutenção desses jogadores. Jogadores que poderiam ser muito mais valorizados com vendas futuras, à medida que o Santos expusesse esses atletas em uma Libertadores da América", disse Teixeira. "Não houve esse valor tão alto. Não foi a independência financeira para o André ainda, como não foi para o Wesley", acrescentou.
Sobre Neymar, um dos jovens valores santistas que permaneceram no clube, o ex-presidente pede um trabalho específico de orientação para o atleta. Os dirigentes do Santos têm-se mostrado preocupados com o grande número de faltas que o jogador tem sofrido nos últimos jogos. Segundo Teixeira, o atacante tem que lidar com isso de forma inteligente.
"Ele é muito jovem. Precisa ser orientado. Cabe à presidência, ao técnico Dorival, orientar o atleta. Com essa coragem que ele tem continuará partindo pra cima dos adversários. Ele precisa fazer esses lances desconcertantes mais próximo da área. Daí sim quero ver se o adversário continuará dando botinadas", afirmou o ex-dirigente, que também comentou o fato de o Santos mandar algumas partidas fora da Vila Belmiro.
"Acho interessante, desde que dosado. Tem que ter equilíbrio. O Santos consegue seus melhores resultados na Vila Belmiro. Nós podemos prestigiar os torcedores em São Paulo, ou em outros locais, de forma criteriosa", disse Teixeira.
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