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Saiba mais das "ligações" do corintiano Tite com o Palmeiras

24 out 2010 - 10h18
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Dassler Marques

Foram só 20 jogos com o Palmeiras em 2006, mas suficiente para Tite também criar raízes no Palestra Itália. De volta ao Corinthians nesta semana, o treinador gaúcho revê o clube onde viveu história que reserva semelhanças com a que teve também no Parque São Jorge: assumiu um time em crise e foi decisivo para a permanência que só seria conquistada por Jair Picerni.

Tite reestreia pelo Corinthians neste domingo justamente contra esse Palmeiras com o qual ainda mantém laços e onde deixou algumas marcas. Nesses 20 jogos de 2006, ele teve oito vitórias, cinco empates e sete derrotas comandando jogadores como Alceu, Gioino, Enílton, Rosembrick e Marcelo Costa.

Entre esses jogos pelo Palmeiras, Tite enfrentou o Corinthians uma vez e venceu por 1 a 0, gol de Paulo Baier. Deixou o cargo por divergências com Salvador Hugo Palaia, hoje presidente em exercício do clube palestrino. Dois anos antes, como treinador corintiano, também teve sucesso no dérbi e venceu pelo mesmo placar, desta vez com gol marcado pelo então jovem atacante Jô.

Apesar da permanência mais longa e até mais vitoriosa no Corinthians, Tite mantém laços com seu rival deste domingo. Confira mais a respeito:

Estágio com Felipão

Na segunda metade da década de 80, Tite era um ex-jogador que tentava se tornar treinador. Estudava Educação Física e buscava referências, um estágio que Felipão já havia atingido no interior gaúcho. O então jovem aspirante, em Caxias, vivia atrás atrás de Scolari.

"Eu o conheci com 15 anos, foi meu aluno em Caxias, jogava na equipe de colégio que eu dirigia", lembra Felipão sobre Tite ainda muito jovem. "Depois, eu o levei para o Caxias. Temos uma amizade, conheço muito o seu sogro. Nosso contato não é recente", explica o treinador palmeirense.

Na sexta-feira, Tite também recordou que Scolari foi uma de suas referências para se formar treinador. "No meu início, ia atrás dele, enchia o saco. Queria aprender como ele posicionava a parte tática, como organizava as bolas paradas", detalha o corintiano. Naquela época, Felipão já era sinônimo de defesa organizada, mas também de comportamento.

"A pessoa dele, sua esposa e família, para mim, são um exemplo de moral e conduta", elogia Tite, que certamente aprendeu desde os tempos do clássico Ca-Ju, em Caxias, que Felipão sabe como poucos comandar a semana de um clássico importante. "Essas palavras dele, de transferir a responsabilidade para o Corinthians, fica a critério de vocês avaliarem", brinca Tite.

Tite e Valdívia

Foi durante a parada da Copa do Mundo de 2006 que Tite deu corpo ao Palmeiras que iniciaria recuperação no Campeonato Brasileiro. Uma das principais providências foi viajar até o Chile, pessoalmente, para ver Valdívia em ação. Grande investimento do clube, o chileno foi contratado, embora só tenha conquistado a titularidade no Palestra Itália já no ano seguinte, com Caio Júnior.

"Naquele momento, eu entendia que a necessidade nossa era um meia de armação. Dentro do conhecimento que eu tinha, entendi que o Valdívia era esse jogador. Por isso, indiquei e houve a contratação", recordou Tite nesta semana. "Ele me deu a oportunidade de jogar pelo Palmeiras. Gosto muito dele e, junto com o Palaia, acreditou em mim", disse Valdívia há poucos dias.

As rusgas e as pazes com Palaia

Homem forte do futebol palmeirense em 2006, Salvador Hugo Palaia foi o grande responsável pela queda de Tite, que vinha em boa campanha de recuperação quando perdeu para o Santa Cruz por 3 a 2. Naquele dia, o árbitro mineiro Alício Pena Júnior foi determinante para a derrota alviverde, o que gerou reclamações do treinador.

O dirigente disse que Tite deveria calar a boca. O que, publicamente, pegou muito mal e provocou um inevitável e desagradável rompimento. De volta ao Corinthians, o treinador irá reencontrar a equipe, hoje interinamente presidida pelo próprio Palaia, mas nega que ainda haja mal estar entre ambos. "Já conversamos após aquele acontecimento e o que houve está superado".

Tite no Palmeiras: em 2006, treinador esteve no clube por 20 jogos
Tite no Palmeiras: em 2006, treinador esteve no clube por 20 jogos
Foto: Gazeta Press
Fonte: Redação Terra
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