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Futebol Internacional

Inter vence fora, complica Botafogo e ajuda o Grêmio

21 nov 2010 - 19h00
(atualizado às 22h59)
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Dassler Marques
Direto do Rio de Janeiro

O Internacional mandou 11 reservas para enfrentar o Botafogo, que mesmo assim tropeçou, foi derrotado dentro de casa e viu se complicarem suas chances de brigar pelo G-4 do Campeonato Brasileiro. Jogando no Engenhão, neste domingo, o time de Joel Santana saiu atrás e perdeu por 2 a 1, com gols de Andrezinho e Rafael Sobis - Antônio Carlos, impedido, diminuiu.

Mas quem sorriu de verdade foi o Grêmio, que termina a rodada em quarto lugar graças ao seu maior rival. Com 56 pontos, o Botafogo está na sexta posição e possivelmente precisará bater os gremistas, na rodada final, dentro do Estádio Olímpico.

Só assim, com uma vitória em Porto Alegre, a equipe alvinegra poderá aspirar uma vaga na Libertadores de 2011. Antes, ainda joga de novo no Engenhão contra o lanterna Grêmio Prudente. Em situação confortável, o Internacional é o sétimo com 54 pontos.

Possivelmente vingando a atitude gremista de 2009, quando seu rival mandou reservas para enfrentar o Flamengo na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Internacional preservou todos seus titulares para a visita no Engenhão.

Mesmo assim, mostrou organização defensiva, vontade e eficiência nas finalizações, permitidas também a cochilos imperdoáveis da zaga botafoguense, especialmente Leandro Guerreiro. Atrás do gol defendido por Jefferson, os pouquíssimos colorados presentes ignoraram o Grêmio e comemoram.

O Botafogo perdeu dentro de casa pela primeira vez neste Brasileiro justamente em seu penúltimo compromisso como mandante. Quando precisava de uma vitória para saltar à quarta posição, teve pouca mobilidade na frente, jogou um primeiro tempo sonolento e vacilou demais. Pode ter sido o adeus ao sonho de jogar a Libertadores no ano que vem.

A tragédia botafoguense

Pressionado por conta da vitória gremista sobre o Atlético-PR, o Botafogo sabia que só mesmo três pontos lhe deixariam na rota do G-4 e uma possível vaga na Copa Libertadores de 2011. Jobson, esperado na equipe titular, ficou entre os reservas, preterido por Edno. Sem seu jogador mais hábil, a equipe de Joel Santana teve sérias dificuldades para chegar até a meta do time suplente do Internacional.

Com a retaguarda muito bem protegida, raramente o Internacional concedeu alguma chance a um pouco inspirado Botafogo. Fahel, chutando de fora, e Marcelo Cordeiro, cobrando falta, criaram as únicas circunstâncias de algum perigo em meia hora de partida. Loco Abreu também teve chance após bola escorada na área, mas a arbitragem assinalou impedimento.

Na trincheira, o Inter acertaria o travessão de Jefferson aos 17min: Glaydson avançou desde a defesa, fez toda a transição ao ataque sem ser cercado e, na entrada da área, levou um marcador e bateu assustando o Engenhão.

Aos 41min, a torcida botafoguense já se cansava da inércia de sua equipe e clamava por Jobson, esperança de jogadas mais criativas na frente. Fahel recebeu lançamento e, com a bola pingando, conseguiu tirar de Muriel e acertou o travessão. Foi a única oportunidade realmente perigosa e a equipe da casa partiria para os vestiários sob vaias da torcida.

Os apelos foram ouvidos e Joel Santana abriu mão de Túlio Souza para tentar abrir a defesa do Inter com Jobson, que entrou festejado pela torcida. A equipe botafoguense se tornou mais insinuante, veloz e perigosa. Jogando na frente, se aproximava da meta de Muriel embora não tenha criado uma chance exatamente clara.

Em uma rara estocada, o Inter se mandou com Rafael Sobis, que bateu da entrada da área. A zaga botafoguense errou ao tentar afastar e Andrezinho, rápido e mortal, bateu por baixo de Jefferson calando o Engenhão. A torcida do Botafogo vaiou dois ídolos, Lúcio Flávio e Leandro Guerreiro, ambos substituídos.

O pior viria logo depois, aos 29min. Massari desceu pela esquerda e tocou para Rafael Sobis se aproveitar de nova hesitação na zaga botafoguense para aumentar a vantagem. Nas cordas, o Botafogo conseguiu responder de imediato e incendiar sua torcida que já estava cabisbaixa. Pelo alto, Fahel ajeitou e Antônio Carlos marcou pela sexta vez no Campeonato Brasileiro. O zagueiro estava impedido, mas a arbitragem validou o lance.

O Botafogo se mandou à frente e até chegou a dar a sensação de que poderia conseguir um empate milagroso. Seguro, o quarto goleiro Muriel mostrou potencial e personalidade, tirando de Edno, em defesa à queima-roupa, a possibilidade do gol. Assim, quietos, os pouco mais de 20 mil presentes ao Engenhão foram para casa com o gosto da frustração.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 1 x 2 Internacional

Gols:

Botafogo: Antônio Carlos, aos 30min do segundo tempo

Internacional: Andrezinho, aos 20min, Rafael Sobis, aos 29min do segundo tempo

Ponto Forte do Botafogo

Personalidade depois de sofrer dois gols jogando mal

Ponto Forte do Internacional

Proteção da defesa e eficiência nas finalizações

Ponto Fraco do Botafogo

Jogo amarrado demais no primeiro tempo

Ponto Fraco do Internacional

A natural falta de entrosamento

Personagem do jogo

Leandro Guerreiro, que falhou e deixou o campo vaiado

Esquema Tático do Botafogo

3-4-1-2

Jefferson; Antônio Carlos, Leandro Guerreiro (Renato Cajá) e Márcio Rosário; Alessandro, Túlio Souza (Jobson), Fahel e Marcelo Cordeiro; Lúcio Flávio (Caio), Loco Abreu e Edno

Treinador: Joel Santana

Esquema Tático do Internacional

4-2-2-2

Muriel; Daniel, Ronaldo Conceição, Juan e Massari; Glaydson e Derley (Eduardo Sasha); Andrezinho e Oscar (Tinga); Rafael Sobis e Leandro Damião (Edu)

Treinador: Celso Roth

Cartão Amarelo:

Internacional: Massari

Árbitro:

Ricardo Marques Ribeiro (MG)

Local:

Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)

Fonte: Terra
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