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Experientes em dérbis, Evair e Washington ressaltam "ódio" entre torcidas

14 jul 2011 - 09h14
(atualizado às 09h21)
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Murilo Borges
Direto de Campinas

Guarani e Ponte Preta disputam neste sábado o primeiro "dérbi centenário" de suas histórias. O clássico ainda não chegou a 100 anos, mas pela primeira vez os dois times se enfrentarão depois de completarem o 100º aniversário - o último foi o Guarani, em abril. Diante dessa história de dérbis, dois artilheiros do passado falaram sobre a importância de um triunfo nesta partida, que vale um campeonato a parte dentro da Série B.

Evair foi revelado na base do Guarani. Vice-artilheiro do time na campanha do vice-campeonato brasileiro de 1986, deixou o Brinco de Ouro para ganhar o Brasil com as camisas de Palmeiras e Vasco. Já Washington não surgiu na base da Ponte, mas tem a mesma relação com o clube. Artilheiro do Paulistão e da Copa do Brasil de 2001, ele chegou à Seleção Brasileira graças às boas atuações no Moisés Lucarelli.

Em entrevista ao Terra, a dupla relembrou seus melhores momentos no maior clássico do interior do Brasil e deram o palpite sobre quem leva a melhor no confronto, que já tem 184 jogos (62 vitórias bugrinas, 60 pontepretanas e 62 empates). Confira as entrevistas:

Vocês são experientes em dérbis, pois já jogaram alguns durante a carreira profissional. Qual a importância desse clássico para Guarani e Ponte Preta?

Evair - "Eu lembro que na semana do dérbi existia uma aspereza que tomava conta de toda a cidade. Os torcedores dos times mal se cumprimentavam. O fato de Campinas ser menor que São Paulo, a proximidade das torcidas deixa o dérbi mais fervoroso. Eu sentia que não existia rivalidade, mas sim um ódio entre as partes envolvidas".

Washington - "É o maior clássico do interior e uma das maiores rivalidades do Brasil. Vi a movimentação de uma cidade inteira, o povo estressado com o jogo. É realmente um outro campeonato. A paixão pelos dois times é grande".

Como vocês avaliam a rivalidade entre os dois times?

Evair - "Eu não entendia, como ainda não entendo, toda essa rivalidade, pois era mais um adversário pela frente. Infelizmente tudo acabava com violência já naquela época e imagina agora".

Washington - "A cidade tem apenas esses dois times, que envolvem a cidade inteira. Metade é Ponte Preta e metade é Guarani. Joguei clássicos no Rio e em São Paulo, mas lá têm mais times. Em Curitiba também tem três equipes, contando o Paraná. Em Campinas, Guarani e Ponte envolvem realmente a cidade".

Qual a grande lembrança dos dois em dérbis?

Evair - "Como profissional, disputei três dérbis somente, sendo uma vitória e dois empates. Como amador, lembro de um dérbi disputado no Moisés Lucarelli. Estávamos vencendo por 1 a 0 quando o bandeirinha levou uma pedrada na cabeça. O jogo foi adiado e teve que ser remarcado".

Washington - "No último dérbi que joguei, Guarani e Ponte lutavam para não cair. Era o Rio-São Paulo de 2002. O jogo foi no Brinco de Ouro. Fiz um gol e empatamos por 1 a 1. No final, o Edu Dracena ainda perdeu um pênalti. Na rodada seguinte, ganhamos do Palmeiras e o Guarani foi rebaixado. Foi um clássico muito tenso, que definimos na casa do adversário".

Têm algum palpite para esse primeiro dérbi centenário?

Evair - "No sentido de ser o primeiro dérbi centenário, acredito que o empate ficará de bom tamanho para os dois".

Washington - "O clássico vai ficar marcado por quem conseguir a vitória. Espero que a Ponte vença, mesmo que seja por 1 a 0".

Washington fez história com a camisa da Ponte Preta e é um dos ídolos recentes do clube de Campinas
Washington fez história com a camisa da Ponte Preta e é um dos ídolos recentes do clube de Campinas
Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press
Fonte: Terra
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