Instável, Corinthians insiste no "chuveirinho" e perde tempo

Dassler Marques

Direto de São Paulo

Em sua sequência de duas derrotas e uma vitória pouco convincente, que ocorreu na noite de quarta-feira contra o América-MG, o Corinthians deixa evidenciada uma característica em particular de times normalmente desesperados: a insistência nas bolas aéreas, o que se repetiu no Pacaembu diante da equipe mineira.

Segundo dados do Footstats, o Corinthians cruzou a bola na área do América-MG em 26 ocasiões, números semelhantes aos das duas derrotas: 28 cruzamentos contra o Avaí e 31 diante do Cruzeiro. Em sua sequência de dez partidas invictas, os corintianos só haviam se aproximado desse índice na vitória contra o Fluminense, pela quarta rodada.

O mais curioso é que o Corinthians tem um dos times mais baixos da competição e apenas dois jogadores que aparecem bem na bola aérea: Leandro Castán e Danilo. Os corintianos, em 13 jogos pelo Brasileiro, têm apenas um gol de cabeça, marcado por Willian diante do Fluminense. Em média, um a cada cinco cruzamentos resulta em finalização. Perda de tempo.

Ainda a respeito da sequência de seus três últimos jogos, o Corinthians chama atenção pela grande quantidade de passes trocados: 373 diante do América-MG, 371 contra o Avaí e 380 contra o Cruzeiro. O dado é superior ao de todos os outros jogos pela competição, exceto o clássico com o São Paulo.

Sem encontrar tantos espaços, sobretudo contra o América-MG, o Corinthians vê o volante Paulinho se transformar em seu principal finalizador. Na somatória de toda a competição, o volante é quem mais aparece em conclusões a gol entre os corintianos, média de 2,7 por jogo. Na partida de quarta, foram sete finalizações só do volante. Em uma delas, surgiu o gol da vitória contra os mineiros.

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