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Personalidade de Rodrigo Caio cativa capitão e técnico do São Paulo

5 ago 2011 - 09h16
(atualizado às 09h32)
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Solução de emergência improvisado na zaga, o volante Rodrigo Caio foi o principal personagem do São Paulo antes de Rogério Ceni abrir o placar contra o Bahia. Sentiu dores no joelho esquerdo após uma dividida com Lulinha e saiu de campo duas vezes para ser atendido, mas continuou jogando até o fim. Conquistando de vez Rogério Ceni e Adilson Batista.

Apesar de ter se machucado no início da partida, Rodrigo Caio seguiu no time até o fim
Apesar de ter se machucado no início da partida, Rodrigo Caio seguiu no time até o fim
Foto: Fernando Borges / Terra

"Ele tem um mérito muito especial pela forma em que atuou. Estava com o joelho ruim. Valeu a vontade de um menino de 17 anos que está tendo uma oportunidade e não queria perdê-la", elogiou o goleiro, que acompanhou de perto a angustia do garoto em campo e até avisou "Rodrigo, se não der, sai".

"É um menino tranquilo. Desde quando cheguei, alertei que eu poderia precisar e foi o que aconteceu. Ainda sentiu um desconforto, mas falou que não ia sair, que aguentaria até o final", contou o treinador, destacando também a qualidade técnica mostrada pelo jogador que compôs o miolo da defesa com Rhodolfo.

"É possível um volante fazer a função se tiver tempo de bola, saída e recuperação. E ele demonstrou isso", afirmou Adilson. "O Rodrigo teve uma bela atuação. Foi tranquilo, seguro, mostrou personalidade. É mais um jovem valor e uma promessa que temos que cuidar. Ganhamos mais um", celebrou, comemorando também o bom desempenho de Wellington improvisado na lateral direita depois de Piris ser expulso.

Conquistado pelo garoto, Rogério Ceni vê em Rodrigo Caio virtudes raras até em veteranos. "O Rodrigo veio da base como zagueiro e ganhou uma qualidade técnica maior jogando no meio-campo. E, apesar de ser jovem, é mais calmo que muito jogador mais velho."

Na opinião do principal ídolo do elenco, o volante mostrou que não pode ser queimado por ter estreado como titular logo na goleada por 5 a 0 sofrida diante do Corinthians. "Ele ainda é jovem e não é um Rodrigo Souto para tomar conta do meio-campo, como teve que fazer contra o Corinthians, mas tem categoria para fazer uma função estática e pré-definida", defendeu.

O desempenho de Rodrigo Caio cativou até um jogador que, há pouco tempo, estava com ele no CT de Cotia, que abriga as categorias de base. "Ele é um menino... Menino?! Sou só um ano mais velho que ele!", brincou Lucas. "Mas todos conversamos com o Rodrigo e vamos ajudá-lo. Ele tem qualidade", continuou o meia-atacante, que já é um dos principais astros do São Paulo e tem vaga na seleção brasileira principal.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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