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Bombeiro hidráulico e vendedor: veja passado da dupla de palmeirenses

30 ago 2011 - 16h39
(atualizado às 16h42)
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Dassler Marques
Direto de São Paulo

Não foi treinadores ou empresários que Fernandão, 24 anos e o novo centroavante do Palmeiras, impressionou primeiramente com seu porte físico quase descomunal de 1,91 m e envergadura de lutador de MMA. Apresentado oficialmente nesta terça-feira depois de anotar o gol da vitória no clássico contra o Corinthians, ele relembrou o passado difícil e de profissões incomuns: além de vendedor de tapetes, Fernandão também foi um dedicado bombeiro hidráulico no interior do Rio de Janeiro.

"Foi uma época gostosa essa de bombeiro hidráulico. Acordava às 6h da manhã para chegar em casa às 11h da noite. Eu e minha esposa, quando recordamos, lembramos dessa como uma época muito boa. Deus nos abriu as portas e espero agarrar essas oportunidades da melhor forma e não apagar o passado. Para mim, foi maravilhoso", contou o espontâneo e tímido Fernandão.

Antes de ser jogador de futebol e bombeiro hidráulico, o grandalhão Fernandão também teve de ganhar a vida em outra atividade: vendedor de tapetes, o que já havia sido destaque na imprensa de Campinas, onde ele defendia o Guarani antes de chegar ao Palmeiras. "Casei com 17 anos e eu e minha esposa ajudávamos minha sogra. Ela fazia os tapetes e eu saía vendendo", recordou.

Virar jogador de futebol foi uma casualidade na vida de Fernandão, que não passou anos em categorias de base sonhando com a possibilidade de se profissionalizar. Tudo ocorreu graças ao acaso: "fui jogar uma pelada, um empresário me viu e convidou para um teste. Pensei: bom, não fazia nada demais mesmo...vou lá, vou arriscar. Fui e passei. O treinador do América-RJ quis contar comigo no Campeonato Carioca e hoje estou aí", descreve o jogador mais decisivo do clássico contra o Corinthians.

A trajetória de Fernandão, que depois teria rápidas passagens por Flamengo, Maccabi Haifa (Israel), Volta Redonda, Paysandu e Guarani, não é tão diferente da de Ricardo Bueno, o outro centroavante apresentado pelo Palmeiras nesta terça. Ex-Oeste e Atlético-MG, ele foi outro jogador profissionalizado sem praticamente passar por categorias de base.

"Aos 17 anos, eu trabalhei junto com meu primo em uma loja de eletrodomésticos, como vendedor. Foi um ano trabalhando com ele e aí tive a oportunidade de fazer um teste. Segui assim e mudei a minha vida. Ser jogador foi o meu sonho", explica Bueno.

Em 2007, Ricardo virou jogador de futebol profissional com a camisa do Nacional-PR, passou pelo Londrina e, rapidamente, chegou ao Grêmio no ano de 2009, mas não teve tantas oportunidades. No Campeonato Paulista de 2010, com Oeste, conquistou a artilharia e adquiriu status de jogador promissor.

Juntos, o ex-bombeiro hidráulico e o ex-vendedor de eletrodomésticos tentarão ajudar Kleber, Maikon Leite, Luan e os demais atacantes do Palmeiras a ter melhor sorte no Campeonato Brasileiro. A vitória no clássico contra o Corinthians, esperam, pode ter sido o início de um novo ciclo. "Sei que, se fizer mais gols, posso virar um ídolo. Mas estou chegando agora, é ter pés no chão e trabalhar", acredita Fernandão.

Fonte: Terra
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