Atlético-MG bate xará do PR, encerra jejum e dá 1ª vitória a Cuca
Com um gol de Mancini, de pênalti, o Atlético-MG venceu o Atlético-PR por 1 a 0, nesta quarta-feira, fora de casa, em jogo de fraca qualidade técnica e muitos passes errados. Para os mineiros, porém, o que mais importou foi a quebra das séries negativas que o time acumulava e uma pequena evolução na tabela da Série A: o clube foi da penúltima para a antepenúltima posição, ultrapassando justamente a equipe da Arena da Baixada, que tem os mesmos 18 pontos, mas um saldo de gols inferior.
Antes da vitória desta quarta, na abertura do segundo turno, o Atlético-MG não vencia há nove jogos, somando Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana, sendo sete derrotas seguidas (seis deles sob o comando de Cuca, que até então tinha 0% de aproveitamento pela equipe).
Já o Atlético-PR, apesar da dificuldade para deixar a zona do rebaixamento, não perdia há sete jogos - com três vitórias e quatro empates -, até a partida contra o xará mineiro.
Como tem ocorrido com constância, Renato Gaúcho teve problemas para escalar a equipe por excesso de contusões. Paulo Baier, Morro Garcia e Branquinho ficaram de fora por lesão, sendo que o último deve ser desfalque até o fim da temporada. Suspensos, Edilson e Manoel também foram baixas.
Pelo lado mineiro, Cuca não contou com Serginho, cumprindo suspensão pelo terceiro cartão amarelo, e escalou Mancini na lateral direita, posição que o jogador costumava atuar no início da carreira - inclusive no próprio Atlético-MG -, mas abandonou no futebol europeu, onde foi meia-atacante.
Chama a atenção a estranha numeração do Atlético-MG, atípica para o futebol: o goleiro Renan (30), Mancni (80), Pierre (55), Daniel Carvalho (83), Neto Berola (40) e André (90) são alguns exemplos da equipe titular.
Na próxima rodada, o Atlético-MG enfrenta o Avaí, em casa, enquanto o Atlético-PR vai até o Olímpico desafiar o Grêmio.
O jogo
Em um gramado em más condições, abaixo do que normalmente se vê na Arena da Baixada, as equipes fizeram um primeiro tempo com poucas emoções. O Atlético-MG começou ligeiramente superior, mas não bem o suficiente para ameaçar o gol de Renan Rocha. Faltava qualidade para as duas equipes, que abusavam de chutões de longa distância.
Os times erravam passes e nada criavam. Mandante, o Atlético-PR não conseguia se impôr e honrava a má posição na tabela, mas não a boa sequência de partidas que fez nos últimos jogos do Brasileiro.
O melhor - e único - lance de gol do primeiro tempo foi mineiro. Aos 13min, André ficou com sobra pelo lado esquerdo da área, chutou e a bola passou por baixo de Renan Rocha, mas Gustavo salvou em cima da linha.
A segunda etapa foi tão monótona quanto a primeira. As equipes perdiam a bola com facilidade e faltaram lances de efeito.
Por ter mais vontade, o Atlético-MG chegou ao gol da vitória. Aos 23min, Magno Alves entrou na área com velocidade e foi derrubado por Wagner Diniz. O árbitro marcou pênalti e, na cobrança, Mancini chutou no canto esquerdo e marcou um gol chorado: a bola bateu na mão Renan Rocha, na trave e voltou a bater na cabeça do goleiro antes de entrar.
O nível do jogo seguiu baixo até o final. No último lance, o Atlético-PR teve chance de empatar após cruzamento de Victor Esquerdinha pela direita, que Edigar Júnior cabeceou fraco.
Os mineiros comemoraram muito a vitória ao fim da partida e miram agora uma grande reação no segundo turno, para sair da ainda muito desconfortável situação na tabela. Inspiração não falta: Cuca foi o treinador dos times do Goiás em 2003 e do Fluminense em 2009, que conseguiram reações improváveis - até mais do que a que o Atlético-MG precisa no momento - para escapar do rebaixamento.
Ficha técnica
ATLÉTICO-PR 0 X 1 ATLÉTICO-MG
Gols
ATLÉTICO-MG:
Mancini, aos 24min do segundo tempo
ATLÉTICO-PR: Renan Rocha; Wagner Diniz, Gustavo, Fabrício e Paulinho; Deivid, Kléberson (Ricardinho), Cléber Santana e Marcinho (Edigar Junio); Madson (Victor) e Pablo
Técnico: Renato Gaúcho
ATLÉTICO-MG: Renan Ribeiro; Mancini, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Bernard, Fellipe Soutto e Daniel Carvalho (Triguinho); André (Guilherme) e Neto Berola (Magno Alves).
Técnico: Cuca
Cartões amarelos
ATLÉTICO-MG: Neto Berola, Pierre, Magno Alves
Árbitro
Rodrigo Braghetto (SP)
Local
Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)