Atlético-MG vence Flu e empurra Cruzeiro para a zona do descenso
22 out2011 - 19h52
(atualizado às 20h41)
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Em pleno Engenhão, o Atlético-MG venceu o Fluminense por 2 a 0, gols de Daniel Carvalho e André, e saiu momentaneamente da zona do rebaixamento, empurrando o rival Cruzeiro para a 17ª posição. Com a vitória, o clube mineiro chegou a 33 pontos e subiu para o 15º lugar. Já o time carioca continua em 5º, com 50 pontos.
Logo no primeiro minuto, o Atlético-MG ofereceu perigo. O atacante André passou para Mancini, que chutou; a bola passou perto da trave direita de Diego Cavalieri. O bom início foi confirmado aos 10min. Mariano fez falta dentro da área em Bernard. O árbitro viu e marcou o pênalti. Daniel Carvalho cobrou forte no canto esquerdo e abriu o placar.
À frente no placar, o Atlético atrasou a linha defensiva para aproveitar os contra-ataques. O time carioca, sem Rafael Moura, Deco e Fred, sofreu para criar e aproveitar as chances. Assim, o primeiro tempo ficou truncado.
Aos 28min, Rafael Sóbis cruzou da esquerda, mas a bola tomou o rumo do gol e passou pouco acima do travessão. No final da etapa inicial, Lanzini entrou na área e rolou para o meio. Sóbis não conseguiu dominar e perdeu a chance de empatar.
A torcida, que já não estava contente com o time, ficou ainda mais brava aos 45min, quando Daniel Carvalho cruzou da direita e André, de cabeça, colocou no canto de Cavalieri. 2 a 0.
Na volta do intervalo, o técnico Abel Braga colocou Araújo no lugar de Rodrigo. Porém, o time carioca, pressionado pela torcida, pareceu afobado e não conseguia criar as oportunidades para diminuir. Aos 11min, André chutou de longe e Cavalieri defendeu em dois tempos. Dez minutos depois, Richarlyson, que tinha acabado de entrar, cabeceou e o goleiro do Fluminense defendeu.
Com Martinuccio e Rafael Sóbis em tarde pouco inspirada, o goleiro Renan Ribeiro pouco trabalhou no jogo. Aos 26min, Abel Braga colocou Ciro no lugar do argentino, mas o problema não foi solucionado. A situação só piorou quando Leandro Euzébio foi expulso por reclamação no final do jogo. Sem reagir, o Fluminense perdeu a oportunidade de encostar nos líderes. A torcida não perdoou e chamou Abel Braga de burro.
Apesar da vitória, caso o Cruzeiro e o Ceará vençam neste domingo, o Atlético-MG volta a estar entre os quatro últimos. Na próxima rodada, o Fluminense viaja até o nordeste para enfrentar o Ceará, no sábado. Já o clube mineiro recebe o Palmeiras no domingo.
Ficha técnica
FLUMINENSE 0 x 2 ATLÉTICO-MG
Gols
ATLÉTICO-MG: Daniel Carvalho aos 10min e André aos 45min do primeiro tempo
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Mariano, Márcio Rosário, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Fernando Bob (Souza), Rodrigo (Araújo) e Lanzini; Martinuccio (Ciro) e Rafael Sóbis
Treinador: Abel Braga
ATLÉTICO-MG: Renan Ribeiro; Carlos César, Réver, Leonardo Silva e Triguinho; Fillipe Souto, Pierre, Mancini (Richarlyson) e Daniel Carvalho (Eron); Bernard e André (Neto Berola)
Treinador: Cuca
Cartões amarelos FLUMINENSE: Leandro Euzébio (2x, expulso) e Edinho
ATLÉTICO-MG: Carlos César, Mancini e Fillipe Souto
Rogério Ceni evitou falar com a imprensa na última segunda-feira, quando o time do São Paulo desembarcou abatido na capital paulista, após completar seis jogos sem vitórias no Brasileiro, perder o técnico e entrar em colocação que deixaria a equipe fora da Libertadores pelo segundo ano consecutivo. O clube do Morumbi, antes considerado exemplo no Brasil, se distancia cada vez mais dos tempos de glória. O Terra listou dez erros que explicam a crise do ano de 2011
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Problemas eleitorais - Tradicionalmente uma agremiação com vida política pacífica, o São Paulo viu sua tranquilidade interna se desfazer na última eleição para a presidência. Juvenal Juvêncio usou uma mudança no estatuto para conseguir seu terceiro mandato consecutivo, algo que as regras do clube não permitiriam. O mandatário segue no poder, mas a disputa pelo cargo máximo do São Paulo segue na Justiça
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Centralização do poder - As decisões no São Paulo passam por Juvenal Juvêncio. De contratações a discussões sobre o Morumbi, o presidente é quem dá a palavra. A centralização criou queixas entre dirigentes bem relacionados, e o clube perdeu sua força política em relação a outras agremiações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mudança no modelo de contratações - O São Paulo ficou conhecido por pagar barato (ou até nada) para trazer bons jogadores e formar times competitivos. Deste modo, contratou Mineiro, Josué, Danilo e Fabão para a equipe que venceu a Copa Libertadores e o Mundial em 2005. Agora, porém, as contratações não parecem seguir este planejamento. O caso mais evidente é a vinda de Rivaldo, ocorrida durante o Paulista após conversa entre o veterano e Rogério Ceni
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Desmantelamento da comissão técnica permanente - Quando um treinador fechava com o São Paulo, sabia que teria uma comissão já existente. Pouco a pouco, porém, o clube se desfez de profissionais que obtiveram sucesso. Chamado para trabalhar na Seleção, Carlinhos Neves foi dispensado pelo time, que alegou que o preparador físico não conseguiria conciliar as funções. O fisiologista Turíbio Leite e o analista de desempenho Wellington Valquer foram outros que deixaram o Morumbi
Foto: Sergio Barzagui / Gazeta Press
Excesso de jogadores machucados - O Reffis, centro de recuperação física do São Paulo, tornou-se na década passada referência internacional no tratamento de atletas. Na última temporada, porém, o clube não conseguiu manter seus próprios jogadores livres de problemas físicos. Luís Fabiano, Fernandinho, Bruno Uvini, Rhodolfo e Denílson lidaram com lesões durante o ano e suas ausências viraram problemas para o time
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Promessas que pararam de jogar - Clube que investe pesado na base, o São Paulo enfim passou a aproveitar mais suas promessas no time titular. Lucas e Casemiro ganharam presença garantida na equipe principal, e o camisa 7 até recebeu espaço na Seleção Brasileira. Nas últimas semanas, porém, a dupla caiu de nível técnico, em especial Casemiro, criticado desde que recebeu um aumento salarial
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Apostas arriscadas em técnicos - Desde a saída de Cuca, em 2004, o São Paulo buscou contratar treinadores em alta. A partir da queda de Ricardo Gomes, porém, a diretoria apostou na vinda do inexperiente Sergio Baresi, que pouco tempo durou. Veio na sequência Carpegiani, que tem como último título relevante o Campeonato Paraguaio com o Cerro Porteño, em 1994. A seguir foi a vez de Adilson Batista, com três trabalhos negativos consecutivos (Corinthians, Santos e Atlético-PR)
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Briga pela Copa - A diretoria do São Paulo, comandada por Juvenal Juvêncio, dividiu seu tempo nos últimos anos entre o comando do futebol e a briga pela presença do Morumbi na Copa do Mundo de 2014. A tarefa desgastou o clube e complicou a relação com rivais (em especial o Corinthians) e a CBF
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Crença no "clube diferenciado" - Os quatro anos bem sucedidos entre 2005 e 2008 foram prova de que o modelo do São Paulo funcionava. O clube, porém, não evoluiu o sistema pelo qual o futebol era gerido, e o time viu rivais se saírem melhores em títulos e contratações. Ainda assim, a diretoria ainda fala no São Paulo como o "clube diferenciado"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Enfraquecimento da defesa - Se entre 2006 e 2008 a defesa era a característica mais forte do São Paulo, o setor se enfraqueceu cada vez mais, atingindo seu ponto mais baixo na atual temporada. Miranda e Alex Silva deixaram a equipe, e o clube demorou a se reforçar com João Filipe. O que se viu foi o time precisar ser escalado até mesmo com o garoto Rodrigo Caio e Denílson, ambos volantes, na zaga