Sem Ronaldinho, Flamengo anuncia parceria pioneira com Unicef
- Mônica Garcia
- Direto do Rio de Janeiro
O Clube de Regatas do Flamengo e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) anunciaram na manhã desta sexta-feira, na sede do clube na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, uma parceria inédita na América Latina pela garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes.
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O clube carioca se comprometeu a fortalecer as ações de responsabilidade social e a mobilizar os atletas e os 40 milhões de torcedores a favor dos direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros.
Com a presença de estrelas do clube carioca, como os nadadores Cesar Cielo e Leonardo de Deus, os ginastas Jade Barbosa, Daniele e Diego Hypólito, a remadora Fabiana Beltrame e os jogadores Thomás e Adrian, o encontro contou ainda com o técnico de futebol, Vanderlei Luxemburgo, o escritor do Unicef para as crianças e criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, o cartunista Ziraldo e o publicitário Nizan Guannaes.
A única falta foi o ídolo maior da torcida, Ronaldinho, que não compareceu. Patricia Amorim deu a desculpa de que o atleta tinha reunião na escola do filho. No entanto, de acordo com boatos que rondam a Gávea, o craque estava ontem à noite em uma boate na Zona Sul. A ausência causou constrangimento na presidente do clube, pois Ronaldinho estava confirmado no evento.
O clube carioca firmou o compromisso na adesão ao projeto "Meu time é nota 10!", que é um conjunto de dez princípios relacionados à proteção e à promoção de direitos de crianças e adolescentes- atletas e não atletas- dentro e fora do clube.
Segundo Patrícia Amorim, essa parceria só leva benefícios ao clube carioca, já que o esporte é uma porta aberta para o futuro. "Pessoas e organizações do mundo dos esportes têm um papel crucial na defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes. O Flamengo está entusiasmado e disposto a realizar ações para contribuir com a defesa dos direitos de crianças e adolescentes".
Para o diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, esse comprimosso é um passo em direção à criação de um clube que servirá de modelo para a comunidade e para outros, já que o Flamengo tem milhões de torcedores.
"Hoje o Flamengo não tem mais 40 milhões de torcedores, tem 40 mais 1: eu. E o Unicef espera que milhões de torcedores do clube - dentro e fora do País - possam se envolver e divulgar mensagens que ajudem a criar um mundo mais igualitário e justo para todas as crianças".
Segundo Patrícia Amorim, essa parceria está garantida em toda a gestão, embora a presidente espere que isso dure por muitos anos, indiferente dos dirigentes que ocuparem a cadeira da presidência.
"Esse parceria não custará nada aos cofres do clube. Pelo contrário, trará um retorno de visibilidade muito grande. Além de ajudar jovens a sair de situações de riscos e da marginalidade. E de promover a inclusão social através do esporte descobrindo jovens talentos para os esportes brasileiros".