"Aqui não tem cagalhão", esbraveja Tite diante de derrota
6 nov2011 - 21h35
(atualizado às 23h35)
Compartilhar
Tite admitiu a má atuação do Corinthians na derrota deste domingo para o América-MG, em Uberlândia (MG), pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Fez questão de chamar a responsabilidade para si e negou que o resultado abale a confiança do grupo na reta final do torneio.
"Aqui não tem cagalhão", definiu o técnico, categoricamente. Minutos antes, ele insistiu em dizer que não houve desrespeito ao lanterna e voltou a atacar quem lembrasse que a tabela do Corinthians é mais fácil que a do Vasco da Gama, atual vice-líder.
"Tem de ter a coragem, o colhão para ver o que fez de errado, matar no peito as situações adversas. Sou o primeiro a dar a cara para bater e absorver críticas, não tem de se eximir da crítica que vai vir, mas a crítica justa", disse Tite.
"Agora, a posição do técnico é que em nenhum momento o grupo negligenciou. Ninguém desmereceu essa situação de último colocado. (A equipe) trabalhou, mas esteve em um dia infeliz", disse Tite, que chegou a afirmar no passado que só o título brasileiro garante a renovação de seu contrato, que acaba em 31 de dezembro deste ano.
Assim como em duelos passados, o comandante perdeu a paciência com a arbitragem, apesar de evitar críticas públicas. Contra o Cruzeiro, em Sete Lagoas (MG), ele foi expulso após esbravejar por um pênalti marcado contra a equipe - o meio-campista Montillo desperdiçou e o time paulista ganhou por 1 a 0, com gol de Paulinho.
No domingo passado, na vitória alvinegra de virada sobre o Avaí, no Pacaembu, o rival fez um gol após jogada de impedimento. Neste domingo, Tite não se conformou com a marcação do pênalti de Alessandro em Kempes - o lateral direito estava fora da área e de costas.
"Consegui de novo ter um pênalti que foi três, quatro metros fora da área. Talvez perdêssemos da mesma maneira. Olha que falei de arbitragem quando venci também, mas está duro", lamentou o técnico.
Popstar, craque e sempre muito franco, Roberto Carlos é um dos maiores da história em sua posição, a lateral esquerda. Em entrevista exclusiva ao Terra, ele falou especialmente sobre seus dois últimos clubes: o Corinthians e o Anzhi Makhachkala, do qual é interinamente treinador nesse momento
Foto: Getty Images
Mubarak Bussufa e Kamil Agalarov cumprimentam Roberto Carlos, que no clube russo é costumeiramente utilizado como volante
Foto: Getty Images
A experiência como treinador interino é inédita para Roberto Carlos, que substitui Gadzhi Gadzhiev. Em três jogos, ele teve uma vitória, um empate e uma derrota
Foto: Getty Images
Suleyman Kirimov é o proprietário do Anzhi e a quem Roberto Carlos costumeiramente se refere na entrevista
Foto: Getty Images
Roberto Carlos chegou ao Corinthians em 4 de janeiro de 2010. Sua passagem foi de pouco mais de uma temporada, já que a última partida foi em 26 de janeiro de 2011
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Roberto chegou a declarar que pretendia encerrar a carreira pelo Corinthians, mas deixou o clube com ótima proposta do futebol russo e insatisfeito com sua condição na equipe
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Roberto Carlos participou da campanha de Copa Libertadores, em que o Corinthians foi eliminado pelo Flamengo nas oitavas de final da edição 2010
Foto: Getty Images
Parceiro inseparável de Roberto Carlos, Ronaldo se aposentou do futebol poucos dias depois da partida do lateral para o Anzhi
Foto: Getty Images
No Campeonato Brasileiro de 2010, o Corinthians brigou pelo título até o fim, mas acabou em terceiro lugar. Roberto foi eleito o melhor lateral esquerdo da competição
Foto: Felipe Oliveira/AGIF / Gazeta Press
O Fenerbahce foi a equipe de Roberto Carlos entre 2007 e 2009. O ponto alto foi chegar às quartas de final da Liga dos Campeões 2007/08 sob o comando de Zico
Foto: Getty Images
Chegada ao Fenerbahce atraiu milhares de torcedores fanáticos pelo clube turco
Foto: AP
Foi com a camisa do Real Madrid ao longo de 11 temporadas que Roberto Carlos mostrou o futebol de um dos melhores de todos os tempos na lateral. Internamente, foram quatro títulos espanhóis e três Supercopas da Espanha
Foto: Getty Images
Roberto foi um dos chamados Galácticos na fase mais estelar do Real que se iniciou com a chegada de Figo. O lateral venceu dois Mundiais Interclubes: 1998 e 2002
Foto: Getty Images
A Liga dos Campeões de 2002 foi uma das três que Roberto venceu no Real além de 1998 e 2000
Foto: Getty Images
Passagem pelo futebol espanhol fez de Roberto Carlos um dos grandes nomes do planeta. Em 1997, foi o segundo melhor do mundo de acordo com a Fifa
Foto: AP
Roberto, que havia passado de forma brilhante por Palmeiras e União São João, atuou na Inter de Milão por uma só temporada, em 1995, e teve grande participação
Foto: AP
Roberto Carlos participou de três Copas do Mundo. A última foi em 2006, na Alemanha, e o Brasil caiu prematuramente nas quartas de final. O lateral, especialmente por conta de episódio no jogo contra o Japão, recebeu críticas porque se deitou no banco de reservas. Foi o fim da trajetória na Seleção
Foto: Getty Images
O grande momento de Roberto pela Seleção foi no pentacampeonato mundial na Copa 2002. A equipe de Luiz Felipe Scolari, que adotava esquema com três zagueiros, tinha nele e em Cafu duas grandes opções de apoio
Foto: Getty Images
O título em 1998 não veio por muito pouco. Roberto, apesar de falha marcante contra a Dinamarca, foi um dos destaques do time que perdeu a decisão para a França. Em boa fase já em 94, por pouco Roberto não foi aos Estados Unidos e integrou o elenco do tetracampeonato. Ele realizou 125 jogos com o Brasil ao todo
Foto: Getty Images
Tempo de celebridade: Roberto com Rui Costa, Verón, Raúl, Beckham, Rivaldo e Buffon em comercial de televisão