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Brasileiros têm praia, samba e churrasco na Estônia

11 ago 2009 - 07h57
(atualizado às 09h47)
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Praia no começo da tarde. Futevôlei e uma boa roda de samba. De noite, churrasco e um pouco mais de pagode. Esse é o dia de folga de seis brasileiros na gelada e distante Estônia, que no verão deixa de ser tão fria e atinge temperaturas de pouco mais de 20°C.

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Os cinco jogadores e o técnico do Kajlu, time da capital Tallinn, vivem como uma família na pequena ex-república soviética, localizada na Europa setentrional. É um dos três países bálticos, ao lado de Letônia e Lituânia.

Eles têm histórias de vida parecidas. Começaram por baixo no futebol brasileiro. Sem muito destaque, decidiram arriscar a sorte no velho continente. E o destino final de cada aventura os uniu na Estônia.

Alan Arruda, Diego Balbinot, Murilo Maccari, Felipe Nunes e Rafael Nascimento têm um objetivo em comum: se destacar na desconhecida liga estoniana de futebol para garantir um contrato melhor em um país de maior projeção no mundo do futebol.

"Foi um grande desafio. É tudo bem diferente aqui e estamos conseguindo ajudar nosso time. Mas não estou realizado. Ainda sonho em jogar de novo no Brasil ou em outro país da Europa", diz Alan, meia de 27 anos que começou a carreira nas categorias de base do Serrano, do Rio de Janeiro, e também já atuou na Áustria e na Hungria.

O frio é o principal inimigo dos brasileiros. O campeonato começa apenas em março, no fim do inverno, já que no início do ano as temperaturas são insuportáveis (em janeiro, por exemplo, a média é de -10 a -4°C ).

Outros costumes locais também demoram a ser aceitos. "Eles gostam de tomar cerveja dentro da sauna. Nós não gostamos muito não, preferimos ficar do lado de fora", conta Felipe Nunes, vice-artilheiro da liga do país com 15 gols em 22 partidas, e que começou nas categorias de base do Grêmio.

O grande responsável pela legião brasileira no Kajlu é o técnico Fredo Getúlio Aurélio. Com passagens pela Tailândia, Uruguai e Finlândia, ele foi contratado no começo de 2007 com a missão de tirar a equipe da segunda divisão.

Assumiu na penúltima colocação e terminou o campeonato em segundo lugar. Em 2008, disputou a elite do futebol estoniano e conseguiu a quarta posição na tabela, classificando a equipe pela primeira vez à Copa da Uefa - foi eliminada na fase classificatória este ano diante do Dinaburg, da Letônia.

"Nosso segredo é estarmos sempre juntos. Chegamos a morar juntos no ano passado. Sempre estamos fazendo alguma coisa, vamos para a praia, comemos uma carne", diz Fredo, que também já treinou as seleções da Estônia de futsal e de beach soccer.

Os seis brasileiros prometem dar um tempo na rotina de treinos para ver de perto a Seleção de Dunga, que disputa amistoso contra a Estônia na quarta-feira. Eles estarão na partida e também no treinamento desta terça, o único antes do duelo que será realizado na Le Coq Arena, em Tallinn.

Brasileiros que jogam na Estônia se divertem com pagode
Brasileiros que jogam na Estônia se divertem com pagode
Foto: Renato Pazikas / Terra
Fonte: Terra
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