PUBLICIDADE

Bruno admite que amante foi morta, mas nega ter ordenado assassinato

6 mar 2013 - 21h04
(atualizado às 21h06)
Compartilhar

O goleiro Bruno Fernandes de Souza admitiu nesta quarta-feira pela primeira vez a morte de sua ex-amante, a modelo Eliza Samudio, com quem teve um filho, mas negou sua participação no crime ocorrido em 2010.

"Como mandante, dos fatos, não, eu nego. Mas de certa forma, me sinto culpado. Eu não sabia, eu não mandei, excelência, mas eu aceitei", declarou Bruno em seu primeiro interrogatório durante o julgamento que completou hoje três dias no Fórum de Contagem, em Minas Gerais.

Bruno, preso há dois anos e quatro meses, é acusado dos crimes de homicídio qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação do cadáver de Eliza, desaparecida em 2010 quando tinha 25 anos e cujos restos não foram encontrados.

Eliza, também atriz de filmes pornográficos, reivindicava de Bruno o reconhecimento da paternidade de um bebê que teve com o jogador e o pagamento de uma pensão alimentícia - aparentemente, a causa do crime.

O jogador chorou várias vezes durante o interrogatório e relatou que sua ex-amante foi levada a seu sítio sem que ele consentisse.

Segundo o goleiro, Eliza tinha lhe pedido R$ 50 mil, mas o jogador só aceitou dar R$ 30 mil para resolver "assuntos pessoais" em São Paulo.

O ex-capitão do Flamengo relatou que Eliza saiu de seu sítio com o bebê e em companhia do amigo íntimo do goleiro, Luiz Henrique Romao, conhecido como Macarrão, e de um primo do jogador, que à época do crime era menor de idade.

Macarrão e o jovem retornaram ao sítio com o bebê, mas sem Eliza, e o amigo contou ao ex-goleiro do Flamengo que seu "problema" já estava "resolvido".

O primo, segundo Bruno, lhe confessou que Eliza tinha sido assassinada por um ex-policial, que depois a esquartejou e jogou seus restos mortais para cães.

O julgamento de Bruno e sua ex-mulher Dayanne Souza, acusada de cumplicidade, começou em novembro, mas foi suspenso porque o réu decidiu mudar de advogado e o novo defensor pediu tempo para se informar melhor sobre o caso.

No dia 24 de novembro, a juíza Marixa Lopes condenou Macarrão a 15 anos de prisão pelo sequestro e homicídio de Eliza. O amigo do goleiro o incriminou e recebeu a pena mínima por homicídio porque confessou sua participação no crime.

No mesmo julgamento, a juíza condenou Fernanda de Castro, uma ex-noiva do jogador, a cinco anos de prisão porque sabia do sequestro da modelo e porque cuidou do bebê da jovem durante vários dias após o desaparecimento de Eliza.

O ex-policial apontado como autor material do crime e conhecido como 'Bola' será julgado no dia 20 de abril.

EFE   
Compartilhar
Publicidade