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Queríamos jogar pelos colegas mortos, diz Adebayor

11 jan 2010 - 08h54
(atualizado às 12h29)
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Principal destaque da seleção de Togo, o atacante Emmanuel Adebayor explicou neste domingo que sua equipe pretendia participar da Copa Africana de Nações, apesar do atentado a tiros sofrido pela delegação do país na última sexta-feira. Segundo Adebayor, os togoleses tinham a intenção de entrar em campo em honra a seus colegas mortos no ataque promovido por um grupo separatista angolano.

Togo não irá participar do torneio em Angola por determinação de Gilbert Houngo, primeiro-ministro do país, que pediu para que a equipe não mantivesse sua representação em Angola para evitar maiores problemas. A delegação concordou, mas Adebayor explicou que os jogadores pretendiam se manter na competição em respeito às três vítimas fatais dos tiros e aos torcedores do Togo.

"Houve um encontro no sábado e dissemos: ainda somos jogadores de futebol. Decidimos fazer algo de bom para o país e jogar em respeito àqueles que morreram. Infelizmente, o governo (togolês) e as autoridades do país tomaram outra decisão. Fizemos as malas e retornamos para casa", disse Adebayor a uma emissora de rádio da França. "Haverá outro ataque? Ninguém sabe. O governo sabe o que é bom para nossas carreiras e nossas vidas. Somos obrigados a respeitar isso."

Em sua determinação, Gilbert Houngo procurou entender a decisão da seleção togolesa, mas pediu para que evitassem o que chamou de "irresponsabilidade". "Entendemos a posição dos jogadores que querem homenagear seus colegas mortos, mas seria irresponsabilidade das autoridades togolesas permitir que eles continuassem", explicou o político.

A primeira rodada do Grupo B, marcada para esta segunda-feira, ainda pode sofrer alterações. Costa do Marfim e Gana, que integram a chave ao lado de Togo, ameaçaram deixar a competição em solidariedade aos togoleses. Por enquanto, o Marrocos é o principal candidato a ocupar a vaga aberta no grupo, que conta ainda com a seleção de Burkina Faso.

"Falei com as delegações da Costa do Marfim e de Gana. Eles expressaram sua solidariedade e disseram que estariam prontos para deixar a competição se o fizéssemos, mas percebemos que eles estavam prontos para continuar", explicou Adebayor.

"Estamos voltando e desejamos boa sorte a todos que continuam, especialmente a Burkina Faso, Costa do Marfim e Gana. Falamos a seus líderes que eles ainda podem ser atacados em Cabinda. Esperamos que eles tenham cuidado", alertou o astro.

Adebayor é o principal destaque da seleção do Togo
Adebayor é o principal destaque da seleção do Togo
Foto: EFE
Fonte: Terra
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