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"Viemos para a África jogar, e não para morrer", diz malinês

13 jan 2010 - 08h53
(atualizado às 09h05)
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Desde o ataque contra a seleção Togo ocorrido em Cabinda, que deixou ao menos três mortos, os jogadores de Mali que atuam na Liga Espanhola, Diarra, Kanouté e Keita, estão chocados. E nada melhor do que expressarem a indignação da seleção e, por extensão, de todas as equipes que participam da Copa Africana das Nações.

"Nós viemos para a África para jogar, e não para morrer", disse Keita.

Diante do episódio cruel, a solidariedade se mostrou forte no mundo futebolístico. "Assim que aconteceu o atentado e nós ficamos sabendo, ligamos para o Adebayor, mas ele estava tão afetado. Estávamos cientes do que havia acontecido e compreendemos todos os passos que foram dados após o atentado", falou Keita, que também esteve em contato com Touré. "Ele está tranquilo e Costa do Marfim, que jogará em Cabinda, também".

Outra prova de que os nervos andam sensíveis é o fato de os malineses não estarem dispostos a jogar em Cabinda, em caso de classificação para a próxima fase da competição.

Segundo Sissoko, ex-jogador do Valencia e do Liverpool e agora na Juventus de Turim, os atletas estão preocupados com a segurança.

"O que aconteceu com a seleção de Togo põe em dúvida muitas questões pendentes para a Copa Africana e teremos que falar seriamente sobre o tema 'jogar em Cabinda' com o presidente da nossa federação, embora as autoridades angolanas garantirem a nossa segurança".

Todos estão otimistas quanto ao futuro de Mali na Copa Africana. "Temos boas perspectivas de classificação, mas devemos ser cauteloso com o Malawi, que demonstrou diante de uma seleção potente quanto a Argélia saber como jogar. Eles melhoraram muito em relação a outras edições", disse Keita.

Keita disse que a seleção de Mali está assustada com a possibilidade de jogar em Cabinda
Keita disse que a seleção de Mali está assustada com a possibilidade de jogar em Cabinda
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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