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"Meu assessor morreu nos meus braços", conta Adebayor

14 jan 2010 - 12h21
(atualizado às 12h44)
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O atacante Emanuel Adebayor ainda sofre com a tragédia ocorrida em Angola na última semana, quando o ônibus da seleção togolesa, que se dirigia a Cabinda para a disputa da Copa Africana de Nações, foi emboscado por rebeldes separatistas. Nesta quinta-feira, ele disse que continua abalado com o atentado e com as mortes - uma delas, do assessor de imprensa Stan Oclooda, que aconteceu em seus braços.

"Estou rezando para Deus todos os dias e não consigo comer direito. Eu ainda revejo na minha mente os momentos ruins e sinto que tive sorte por estar vivo", disse o jogador ao jornal inglês The Independent. Ele recebeu aval de Roberto Mancini, técnico do Manchester City, clube pelo qual atua na Inglaterra, para se reapresentar apenas quando estiver pronto.

"Não sei quando voltarei para Inglaterra e nem sei quando serei capaz voltar aos gramados. Minha cabeça não está para fazer gol, e sim nas famílias que perderam seus entes queridos. Meu assessor morreu nos meus braços", contou o atleta, chocado. "Dá para perceber o quanto é difícil. Aprecio o que o clube está fazendo por mim", continuou o atacante togolês.

O ônibus que transportava a delegação de Togo pouco depois de cruzar a fronteira de Angola foi cercado e metralhado por rebeldes separatistas da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (Flec). Além do assessor de imprensa, o motorista do ônibus também morreu. O goleiro Kodjovi Obilalé foi atingido, passou por operação e está em situação grave, mas estável, apesar de correr o risco de ficar tetraplégico.

Por conta disso, a Federação Togolesa de Futebol anunciou a desistência de participar da Copa Africana de Nações. Na volta para o Togo, Adebayor concendeu entrevista trajando uma camisa do Arsenal, seu ex-clube, do qual saiu brigado em grande polêmica. O jogador do Manchester City ainda aproveitou para explicar o deslize cometido.

"Quando vim para cá (Lomé) eu não tinha nada para vestir, já que deixei toda minha bagagem no ônibus (em Angola). A primeira pessoa que pedi uma roupa emprestada foi para o meu irmão, que me deu a camisa (do Arsenal). No momento estávamos confusos. Peço desculpas pelo acontecido e espero que as pessoas entendam", minimizou o atleta, que chegou a provocar os torcedores do Arsenal durante partida do Campeonato Inglês.

Adebayor conta sobre a morte do assessor togolês
Adebayor conta sobre a morte do assessor togolês
Foto: EFE
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