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Candidato à presidência da CBF, Novelletto vê brecha na eleição

13 fev 2014 - 07h34
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<p>Francisco Novelletto quer disputar a eleição da CBF</p>
Francisco Novelletto quer disputar a eleição da CBF
Foto: Marcelo Campos / Gazeta Press

Presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto Neto será o candidato de oposição à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na eleição que está marcada para o mês de abril. Entretanto, a data pode ser outra. É o que afirma o próprio dirigente, que cita a possibilidade de José Maria Marin mudar o período do pleito e brechas que envolvem o Estatuto do Torcedor.

"Pelo estatuto da CBF, votam as 27 federações e os clubes que estão na primeira divisão. Só que tem o Estatuto do Torcedor que diz que qualquer cidadão em dia com a Justiça pode se lançar à presidência da CBF, e todos os clubes que disputam competições organizadas pela CBF podem votar para escolher o presidente. Agora é saber como vai funcionar e qual regra vale para a eleição", afirmou Novelletto em entrevista ao Terra.

Em conversa com a reportagem, o presidente da FGF falou sobre o suposto apoio de federações estaduais ao grupo de Marin e Marco Polo del Nero (presidente da Federação Paulista de Futebol), suas ideias para a CBF e sua opinião sobre o Bom Senso FC.

Confira a seguir a entrevista com Francisco Novelletto Neto:

Terra - Algumas notícias recentes indicam que a chapa de Marco Polo Del Nero e José Maria Marin conta com apoio esmagador das federações estaduais. O quanto isso prejudica sua candidatura?

Novelletto -

Isto é na base da pressão. Todo mundo se compromete para não perder o apoio, ou tu acha que não pesa o medo de perder o apoio da CBF? Só que a lei é clara e o voto é secreto, então tem muitos que prometeram apoio e podem mudar na hora do voto. Tenho certeza de que isto vai acontecer.

Terra - Como funciona a eleição ara a presidência da CBF?

Novelletto -

Pelo estatuto da CBF, votam as 27 federações e os clubes que estão na primeira divisão. Só que tem o Estatuto do Torcedor que diz que qualquer cidadão em dia com a Justiça pode se lançar à presidência da CBF, e todos os clubes que disputam competições organizadas pela CBF podem votar para escolher o presidente da entidade. Agora é saber como vai funcionar e qual regra vale para a eleição.

Terra - Já existe uma data definida para a eleição?

Novelletto -

Ninguém sabe. Uns falam que pode ser agora, em abril, mas pelo estatuto a eleição pode ser entre janeiro de 2014 até abril de 2015. O presidente da CBF escolhe a data, marca a assembleia para comunicar e cinco dias depois acontece a eleição.

Terra - Que projetos o senhor tem para comandar o futebol brasileiro?

Diretor da Portuguesa garante ir à Justiça Comum por Série A:

Novelletto -

Tenho mais de 20 projetos para o futebol, mas o principal e que não abro mão é em relação à ajuda aos times pequenos do futebol brasileiro. Vou distribuir 25% do que a CBF arrecada entre os times pequenos do Brasil. Eu andei por todo o Brasil e pude constatar as dificuldades que estes clubes enfrentam. Não tem bola, não tem fardamento, sem departamento médico, sala de musculação, sem as mínimas condições. Ajudando o clube pequeno automaticamente você vai estar ajudado os clubes grandes, o clube vai poder formar atletas e vender, vai gerar receita para continuar vivendo. O exemplo é o Juventude, que tem uma boa categoria de base e conseguiu negociar vários com o Grêmio, além de ser um exemplo na formação de atletas. A CBF vai arrecadar este ano mais de R$ 500 milhões e não investe nenhum centavo nos clubes pequenos, na estrutura dos clubes pequenos, Quando eu falo em investir é na estrutura e não pagar salários. É na formação de atletas.

Terra - Como o senhor vê o movimento Bom Senso FC?

Novelletto -

Nos últimos meses de 2013 surgiram uns quatro movimentos envolvendo o futebol. CPI, Ministério Público, Bom Senso e políticos enchendo o saco querendo aparecer. Na verdade o que nós temos que fazer é resgatar a credibilidade no futebol. Isto não é de agora, a falta de credibilidade não é de agora. Os dirigentes de hoje têm pouca culpa. Isto é de longa data, mais de 30 anos. Nós temos agora é que resgatar a credibilidade do futebol brasileiro.

Terra - O senhor acredita que possa ganhar a eleição?

Novelletto -

Eu quero deixar bem claro que eu não faço nada legislando em causa própria. Quero deixar um legado para o futebol. Tive a coragem e o peito de dar a cara para bater e lançar o meu nome. Se vou ganhar ou perder, eu não sei, mas quero deixar um legado no futebol.

Fonte: Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra
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