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Catálogo em braile promove acessibilidade mais no Museu do Futebol

29 jan 2013 - 14h40
(atualizado às 16h44)
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Inaugurado em 2008, o Museu do Futebol sempre teve como perspectiva, em sua arquitetura, promover a acessibilidade das pessoas com os mais variados tipos de deficiência que exigem uma infraestrutura especial. Nesta terça-feira, foi lançado o catálogo do Programa de Acessibilidade, cujo objetivo é fomentar também o acesso comunicacional para cidadãos com deficiência visual.

Por meio dele, é possível que o deficiente visual tenha acesso à história do esporte mais popular no Brasil de maneira fácil e divertida. Não se trata de uma leitura linear. O conteúdo é compartilhado com a interação entre textos em braile e figuras em alto relevo.

"Esse catálogo concretiza uma discussão sobre acessibilidade comunicacional. O Museu do Futebol já tem uma acessibilidade arquitetônica e agora desenvolve também sua comunicação", afirmou Linamara Battistella, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de São Paulo. "Do ponto de vista estético, é uma obra de arte e do ponto de vista de conteúdo nem se fala", relatou, sobre o catálogo.

O material estará disponível no Museu do Futebol para melhor atendimento ao público. No total, foram produzidos 2.000 exemplares, destinados também a entidades que cuidam de pessoas com deficiência visual, espalhadas em todo o Brasil, e bibliotecas.

O catálogo é mais um passo em prol da igualdade. O Museu do Futebol torna-se um exemplo para ser seguido por muitos espaços públicos que não se adequam ao acolhimento de todos os cidadãos.

"O futebol é o carro chefe deste país e nenhum exemplo podia ser melhor. Certamente, um exemplo vindo do futebol e do Museu é para pegar", exaltou o vereador Marco Aurélio Cunha, presente na cerimônia de lançamento do catálogo. "Poucas vezes percebemos o quanto é difícil para as pessoas com deficiência ter acesso à informação", acrescentou.

A Deputada Estadual Célia Leão ressaltou o fato das políticas públicas saltarem do papel e serem efetivamente aplicadas. "Palavras convencem, mas, sem sombra de dúvida, o exemplo arrasta. O Museu do Futebol é mais do que retórica, é prática".

Sua companheira no exercício das políticas públicas voltadas aos deficientes, a Deputada Federal Mara Gabrilli mantém a mesma linha de raciocínio e pondera sobre a importância da adequação dos ambientes públicos. "Quem têm deficiência são as cidades e quem tem que se adequar é o meio", lembrou Gabrilli, tetraplégica desde 1994.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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