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Catar corre risco de perder a Copa se não fizer reforma trabalhista, diz executivo da Fifa

17 dez 2014 - 13h11
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O Catar deve cumprir o prazo até março para realizar reformas trabalhistas específicas se não quiser correr o risco de perder o direito de sediar a Copa do Mundo de 2022, disse o membro do comitê executivo da Fifa Theo Zwanziger na terça-feira.

O alemão, que já foi diretor da Associação Inglesa de Futebol e tem criticado a capacidade do país desértico para sediar o Mundial durante o extremo calor do verão, disse que uma proposição vai ser feita durante a conferência do comitê executivo da Fifa, na sexta-feira.

"Os cataris devem implementar até o prazo de 10 de março de 2015 a comissão independente --encarregada de monitorar regularmente as condições dos direitos humanos na construção das instalações para a Copa do Mundo e registrar avanços-- como exigido pelo relatório Piper, disse Zwanziger à revista Spor Bild.

"Até agora, aparentemente, não muito aconteceu", disse ele.

Extensos relatórios sobre violações de direitos humanos em relação a trabalhadores migrantes no país rico em petróleo da Península Arábica levaram a uma revisão, incentivada pelo próprio Catar, das leis trabalhistas pela consultoria jurídica britânica DLA Piper, após a qual várias recomendações foram feitas, incluindo a implantação de um salário mínimo para cada categoria de operários da construção civil.

Zwanziger acrescentou que se os cataris não implementarem as recomendações até o prazo estipulado para o ano que vem, poderia haver consequências para o Mundial de 2022.

"Eu espero então que uma federação nacional faça um requerimento para uma votação dos 209 membros de federações no congresso da Fifa, no final de maio em Zurique, para retirar a Copa do Mundo do Catar", disse ele.

Não é a primeira vez em que Zwanziger, que vai deixar sua posição como membro da Exco em março do ano que vem, criticou a realização do Mundial no Catar, e chegou a dizer em setembro não acreditar que o torneio seria realizado no país.

(Reportagem de Karolos Grohmann)

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